29 de set. de 2012

Aumentam as vendas de livros no Brasil enquanto cai número de leitores

Pesquisas mostram que brasileiro preferem internet, amigos e televisão em vez de livros
Por: Audrey Pujol
 
Mulheres têm maior hábito da leitura. 
Foto: Vinicius Buzzetti

As vendas de livros no Brasil geraram um faturamento superior a R$ 4,5 bilhões para as editoras em 2011. O número de exemplares comercializados subiu 13,12%, e atingiu 437,9 milhões, apontou pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Em contrapartida, o número de leitores caiu 9,1% no país em quatro anos. A principal razão para a diminuição é que o hábito de ler perdeu espaço para TV, amigos e diversão on-line. Enquanto 24% preferiu ler, 85% costumam ver TV.

O segmento que mais cresceu em vendas foi o de livros religiosos. A explicação mais provável é o avanço da classe C. Em segundo lugar, veio os livros didáticos, influenciados pela mudança ortográfica. Com as novas regras, os pais deixam de reaproveitar os livros usados pelos filhos mais velhos.
Livros de religião tiveram maior aumento nas vendas.
Foto: Vinicius Buzzetti

As mulheres são maioria entre as pessoas com o hábito de ler pelo menos um livro a cada três meses (57%). As faixas etárias que mais reúnem pessoas com o hábito de ler são: 30 e 39 anos (16% do total); 5 e 10 anos (14%) e 18 e 24 anos (14%).

A queda do número de leitores foi apontada em todas as regiões brasileiras, com exceção ao Nordeste, que ganhou um milhão de leitores entre 2007 e 2011, nessa região a penetração da leitura subiu de 50% para 51%. Por outro lado, no Sudeste, a penetração caiu de 59% para 50% do total da população e hoje responde por 43% do total de leitores, dois pontos percentuais a menos que na última edição da pesquisa. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul vivem 8%, 8% e 13% dos leitores brasileiros, respectivamente.
Brasileiro prefere tempo com os amigos e com internet.
Foto: Vinicius Buzzetti
Ainda que o resultado da pesquisa mostre o enfraquecimento do hábito de leitura no país, os brasileiros se mostraram mais otimistas: 49% deles afirmaram que atualmente lê mais do que no passado.

28 de set. de 2012

RESENHA: Pinóquio: Uma nova arte


Por:  Cleane Nunes

“Um boneco esculpido de madeira, com o desejo de torna-se um menino.”
Foto: Cleane Nunes
Exposição instalada no SESC Belenzinho, conta com nove núcleos, cada um representando as aventuras de Pinóquio. É uma mostra que conta essa história dialogando com a arte contemporânea e estimulando o público a participar; trata-se de uma aproximação com o mundo da arte e com o personagem de uma forma diferente e direta.

A mostra nasceu de uma interpretação livre da verdadeira história escrita pelo autor Carlos Collodi há mais de um século, que conta o processo de crescimento e amadurecimento de Pinóquio.

Camilla Guiral, 24 anos, arte-educadora da exposição, conta que a mostra permite ao público vivenciar as aventuras de Pinóquio de uma forma lúdica. “Essa exposição é muito interessante para o público infanto-juvenil vivenciar cada fase por qual o personagem passou, e sendo capaz de colocar-se em jogo com espírito crítico e sensibilidade artística”.

Teatro das Marionetes: O consciente e o inconsciente
Foto: Cleane Nunes
 Os núcleos estão representados pelos nove meses de gestação, que são: a Floresta Suspensa, O caminho das Bolas, Teatro de Marionetes, O Voo do Pombo, O Castelo de Açúcar, Paredes as Avessas, Mar Aberto, O Monstro Marinho e Quem é Quem.

A Floresta Selvagem, que seria o ponto inicial da aventura, traz a madeira, a origem do personagem. Neste ponto o público pode sentir a essência da materialidade: odor, presença física, tátil e visual; dando a possibilidade de imaginar através da ação, como Gepeto deu a vida a um pedaço de madeira. 
As instalações contam passo a passo a ilusão vivida por qualquer criança, inclusive por Pinóquio, tanto quando passou pelo Teatro de Marionetes, ou como quando acreditou que podia semear e colher dinheiro nos campos. 

Cada instalação traz a sensação de como foi às aventuras vividas por Pinóquio. As marionetes dão a sensação do consciente e do inconsciente deste personagem falando ao seu ouvido.

O núcleo Paredes Avessas dá a possibilidade de transgressão que ultrapassa a ideia de liberdade e que elimina toda forma de repressão e de censura, onde o visitante pode se expressar rabiscando as paredes.
Mar aberto e o Monstro Marinho são as instalações que trazem a sensação de determinação e esforço físico para ultrapassar os obstáculos, a ideia é enfrentar nossos ‘monstros’ interiores para que possamos nos libertar de suas garras.

Ao fim da aventura vivida no lugar de Pinóquio, o público é envolvido pelo processo de transformação interior com o próprio eu, ao caminhar na última instalação vendo ao invés de sua própria sombra, a de Pinóquio, dando a sensação de ser o próprio personagem da história.

A exposição é recomendável a pais e filhos interessados em literatura e autoconhecimento.

Paredes as Avessas: expressão e liberdade
Foto: Cleane Nunes


SERVIÇO: Exposição fica até 18 de novembro no SESC Belenzinho.
Rua: Padre Adelino, 1000, próx: Metrô Belém.
Tel: 011- 2076-9700
Visitação: terça a sexta, das 10h às 21h30.
Sábados, das 10h às 21h / Domingos e feriados, das 10h às 19h30
Classificação livre
Grátis.

27 de set. de 2012

Vendas de automóveis tem aumento devido a IPI reduzido

Ministério da fazenda pretende estimular a economia do país com a prorrogação da baixa do IPI
Por: Jéssica Coelho
 

Ministério da fazenda reduz valor da IPI.
Foto: Caroline Sanches


O governo Federal decidiu prorrogar a redução no valor da IP (Imposto de Produtos Industrializados) até 31 de outubro. A medida serve não só para carros, mas também para eletrodomésticos.

Segundo Jose Ricardo Sanches, gerente de vendas, a decisão da redução da IPI é uma estratégia do governo como forma de aquecer o mercado automotivo.

 Aumenta número de vendas em concessionárias.
Foto: Caroline Sanches
A securitária Ideilma Leonardi afirma que a redução da IPI foi decisiva para a compra de seu automóvel.  O aumento foi de 30% no emplacamento. 

Segundo Leonardi, a prorrogação da IPI reduzido incentiva o consumo e contribui para o aumento da produção do país. Além disso, cria uma melhor qualidade de vida para quem passa a ter oportunidade de adquirir novos produtos.

Informações da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) no começo do ano mostraram que o setor automotivo teve baixo crescimento. Porém, com a redução da IPI, as vendas chegaram a 16,6 mil veículos por dia. Esse aumento fortaleceu a contratação no setor automotivo, que pode fechar o ano com elevações em vendas.

RESENHA: Vitrine para o futuro

 A diversidade de bandas foi a marca do Festival de Novos Talentos
Foto: Gustavo Lima

Por: Gustavo Lima

A Fábrica de Cultura do Parque Belém oferece cursos gratuitos durante a semana, como: música, xadrez, teatro, dança, circo e artes plásticas. Aos sábados e domingos, ela viabiliza o espaço do Café Concerto - teatro do parque - para shows com grande diversidade de estilos musicais. E foi o que aconteceu sábado, dia 15 de setembro de 2012, o Festival de Novos Talentos.

O evento teve início às 14h. Por serem rostos desconhecidos do público, o local que sediou não estava cheio, porém, acomodou confortavelmente quem estava presente. O primeiro a se apresentar foi Paulo Santos, um aluno da Fábrica de Cultura, com repertório próprio, cantou suas músicas e tocou violão. Letra escrita a partir das impressões que ele tem da vida nas músicas Segredos da Alma e Outro Lado da Vida – ritmos que iam do reggae ao pop. Ao final, o público demonstrou bastante satisfação, ovacionando-o.

O show continuou com o guitarrista Lucas Azevedo, fazendo um solo de composição própria. Em certos momentos, oscilou sua apresentação, com erros e êxitos. “Ensaiei mais de mil vezes e não errei, mas por ser o primeiro festival que participo e em um palco na frente de tantas pessoas não tinha como não ficar nervoso”, disse Azevedo.

Posteriormente, foi a vez da banda PS, os meninos mostraram um estilo roqueiro. Composição própria e originalidade nas letras. Outro grupo a subir no palco foi o dos alunos da Escola de Música Maestro Ciotto, reproduziram com excelência os sucessos nacionais do rock, com músicas de Jota Quest e Legião Urbana.

Para encerrar, o ritmo acelerou com o hard rock da banda Massacre, impressionaram bastante com o figurino, mas não com as suas músicas. Consequentemente, não conseguiram manter a atenção do público e falharam demasiadamente durante a aparição, com desafinação e desentrosamento entre os integrantes.  

As apresentações foram extremamente prejudicadas pela iluminação precária e organização dos horários (intervalos muito grandes entre uma apresentação e outra, sem qualquer atração ou interação). Apesar das dificuldades, o Festival revelou nomes com habilidades apuradas. Não há data prevista, mas é certa a continuação do evento.

Serviço: Fábrica de Cultura Parque Belém. Portaria 1. Av. Celso Garcia nº 2.231. Site: www.fabricadecultura.org.br

26 de set. de 2012

Justiça suíça autoriza repatriar US$7 milhões do ex-juiz Lalau


Lalau foi condenado por desviar cerca de R$ 170 milhões.Foto: Banco de Imagens
Cerca de US$7 milhões, o equivalente a R$14,2 milhões, devem retornar ao Brasil. O montante estava bloqueado desde 1999, em um banco suíço, na conta do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto. Lalau, como ficou conhecido, deverá pagar ainda uma indenização de pouco mais de US$2 milhões em virtude de transferências bancárias realizadas por ele em bancos da Suíça, na década de 90. O ex-juiz, que foi condenado em 2006 por desvio de recursos (cerca de R$170 milhões) no superfaturamento na construção de um fórum trabalhista, atualmente está em prisão domiciliar.



Fontes: G1, Expresso MT e Nacional de Direito

CRÔNICA: O comunicador de Jesus


Por: Fernando Souza

Seu João Batista é uma pessoa comum, como qualquer outra, com seus 59 anos de idade. Isso se não fosse, sua postura diante da vida, um tanto incomum.

Pedreiro de profissão, casado e pai. Pregador da palavra de Deus, por consideração própria.

Conheci seu João na rua, há alguns anos. Sempre pregando a “Palavra do Senhor”, como o próprio defende. Sempre achei interessante e até engraçado, mas nunca mantive contato próximo. Aliás, muitas pessoas o conhecem de vista e o respeitam bastante.

Em sua atividade de divulgar o evangelho, seu João é único. 

Durante os sete dias da semana, sempre no começo da noite, seu João sai de casa, no bairro da Vila Industrial, zona leste de São Paulo, ora com seus “irmãos” ora sozinho.

De bicicleta, modelo barra forte da marca Monark, equipada com um microfone, alto-falante e uma bateria adaptada, ele inicia sua via sacra pelos bairros próximos da igreja.

Em bares, casas, carros ou no ouvido de quem passa pelas ruas, ecoa a voz. De um sujeito muito elegante e educado, usando terno e gravata. Montado em sua barra forte garupeira. Seu João recita versos da bíblia e palavras que, segundo ele, é Jesus quem elabora e o utiliza como instrumento.

Às vezes acompanhado de um rapaz também vestido com terno e em cima de outra bicicleta equipada, desperta reações das mais variadas possíveis. Imaginem um sujeito de traje social, de bicicleta, com um alto falante na garupa, e o microfone à la “Silvio Santos”, preso no pescoço, louvando (como diz seu João) pelas ruas.

Alguns respeitam e gostam, outros riem. Tem quem até se assuste, de acordo com o pregador. “Outro dia estava passando em frente a um ponto de ônibus e parei para descansar um pouco. Uma moça que estava no ponto se afastou e ficou com cara de assustada. Olhei para ela e disse no microfone: “-Irmã, não precisa ficar assustada não, eu venho com Jesus em paz, é o “taco” (força que usa ao falar) da voz que é assim mesmo”, disse.

Foi com certo sorriso no rosto que Seu João me contou essa história, ao me receber na igreja que frequenta perto de sua casa.

Algumas dessas histórias, eu mesmo observei acompanhando suas andanças pelo bairro. Certo dia, seu João estava com a bicicleta em frente a um bar, cheio de jovens bebendo e rindo de suas palavras e seu “jeitão” de líder religioso.

Resolveu então falar com eles. Sempre ao microfone, assim é possível ouvir a metros de distância. Quem apenas o ouve pensa que ele está falando sozinho. “O dia do acerto de contas está chegando. Quero ver quem vai se acertar com Jesus”, pregou. Ao fundo era possível ouvir seu acompanhante e irmão de igreja também de bicicleta com som, aos gritos: “Aleluia, Aleluia, Aleluia!”

Os rapazes respondiam oferecendo um copo de cerveja para ele e seu parceiro. Quem passava olhava com cara de surpresa ou ria.

Seu João dizia, “-Não bebo cachaça, não faço as vontades da carne, não me junto ao capeta!”, enquanto ao fundo se ouvia: “Aleluia! Aleluia!”

De repente, começa a passar por perto uma moça muito bonita, com um corpo de belas curvas, que sempre passa na frente do bar naquele horário.

Um dos rapazes gritou para seu João: “Irmão, aquela moça ali está perturbada pelo demônio”.
 Nesse momento, seu João olha e se dirige com palavras ditas ao microfone em alto e bom som: “-Ei! Venha irmã venha aceitar Jesus! É você mesmo moça!”

A moça ficou “roxa” e de vergonha, com um som sendo ouvido a quarteirões de distância e um monte de pessoas rindo em volta.

Entre uma história e outra, sendo contada por seu João, existem também casos não tão engraçados.
“Tem pessoas que não gostam, muitas me xingam e fazem cara feia. Já sofri agressões. Uma vez, um homem se aproximou com um facão, cortou os pneus da bicicleta e quebrou o alto falante. Tivemos um baita prejuízo, mas para a obra de Deus não existem obstáculos”, lamentou.

Quem vê seu João trabalhando como pedreiro, e não o conhece, nem imagina a sua coragem e determinação.

Aos que presenciam seu trabalho pelas ruas, acredito que não imaginam que ele é na maior parte do tempo, uma pessoa comum, que tem família, trabalho e amigos. Ele não sofre de nenhum distúrbio mental ou coisa do tipo, como alguns pensam. E como, por muito tempo, eu também pensei.

Seu João é um cidadão simples, sorriso fácil e receptivo. Isso quando não está pregando, porque quando está a serviço de Jesus, não poupa a voz e dispõe do seu melhor figurino.

Vendo as pessoas olharem para seu João, percebe-se o quanto tentamos definir as pessoas pelas aparências, e, muitas vezes, enquadrá-las segundo as nossas concepções quase sempre de maneiras maniqueístas.

Talvez tenhamos um pouco de Seu João e Seu João um pouco de todos nós.

25 de set. de 2012

Bienal do livro bate recorde de visitantes na edição de 2012

O evento contou com 750 mil pessoas, e superou o público de edições anteriores

Por: Mariana Passos

Famílias podem incentivar criança a ler.
Foto: Banco de imagens


Ocorreu no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, de 9 a 19 de agosto de 2012, a 22ª edição da Bienal Internacional do Livro. O tema “Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas”, atraiu um público de 750 mil visitantes, segundo os organizadores.

O evento prestou homenagens a Jorge Amado e Nelson Rodrigues, que completariam cem anos de idade neste mês de agosto e aos 90 anos da Semana de Arte de 22. Além de ser um espaço de negócios em torno dos livros, a Bienal tem importância cultural na formação de crianças e jovens, por meio do incentivo à Leitura.



Jorge Amado e Nelson Rodrigues são homenageados na Bienal
Foto: Banco de imagens
Jovens que só tem contato com os livros nas escolas ficam encantados com livros digitais.Eles mesmos podem interagir com as histórias e criam seus próprios personagens.



A leitura é um passaporte para o imaginário.Até quem não gosta de ler se encanta e reconhece a importância dos livros no meio social.


Segundo Julio Agostinho, professor de literatura e visitante assíduo da Bienal, os livros expandem o conhecimento dos jovens, e permitem com que ele entre num mundo que talvez não seja a sua realidade.Não é a classe social que faz a cultura do ser humano. É possível adquirir conhecimentoatravés de boas leituras.

Segurança na F1 é discutida após acidente no GP da Bélgica

Carros de Fórmula 1 precisam de mais segurança no cockpit.
Foto: Banco de Imagens

Após o acidente no Grande Prêmio da Bélgica no primeiro domingo deste mês, a segurança na Fórmula 1 volta a ser discutida. Durante a prova, o piloto francês Romain Grosjean chocou sua Lotus contra a McLaren de Lewis Hamilton. O carro de Grosjean decolou e passou próximo do cockpit de Fernando Alonso. O espanhol, apesar do susto, passa bem. O piloto francês foi suspenso por uma prova. A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) faz testes com cockpits fechados para aprimorar a segurança.


Fontes: Reuters, G1 e Folha de S.Paulo

Profissional técnico tem salário maior que recém-formado

Formação técnica apresenta salário atrativo.
Foto: Banco de Imagens

Pesquisa realizada em 18 estados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)  revela que o salário de um profissional técnico é maior do que o de recém–graduado. A remuneração de um técnico iniciante equivale a mais de três salários mínimos e pode aumentar com a experiência adquirida. 






Fontes: G1, Estadão e Folha da Região

EDITORIAL: O MMA eleitoral: A militância contratada


Por: Fernando Souza

As eleições para escolha de prefeitos e vereadores vão acontecer em todas as cidades brasileiras no domingo, dia 7 de outubro. Neste sentido, os partidos políticos já estão em campanha eleitoral desde o dia 6 de junho. Ocupando todos os espaços possíveis e impossíveis para conseguir o voto do eleitor, e muitas vezes, também se utilizando de formas, que vão contra a própria essência da política, levando em consideração a concepção mais ampla da palavra.

Um exemplo disto pode ser visto pelas ruas da cidade de São Paulo, em que muitas pessoas supostamente “militantes”, fazem campanha para seus partidos, por meio de panfletagens, bandeiras, cavaletes e até voluntários fantasiados de tucanos, palhaços, bonecos etc.

Até aí tudo bem. O problema com as práticas de alguns partidos, que vai contra a participação política de verdade, está na contratação destas pessoas, que na realidade não são militantes destes partidos.
Estes cidadãos, em sua maioria não têm nenhuma identidade ideológica com estes partidos políticos. Estão ali por uma questão econômica, ou seja, são remunerados para realizarem estas campanhas. 
Entre eles estão: desempregados, aposentados, estudantes e até eleitores de partidos adversários de que estão divulgando.

Uma outra modalidade desta “militância contratada” é a aquisição de modelos femininas e masculinas de agências para panfletarem em frente a universidades, shoppings, igrejas etc. Nesta prática, fica claro a preocupação do partido em captar o voto de um eleitor que se preocupa com a aparência física do militante.
No geral, estas pessoas nem se quer conhecem o candidato e suas propostas, ou ainda a história do partido, estão ali pelo cachê que lhes é oferecido. Mais o transporte e o lanche. Estamos falando de prestadores de serviços não filiados, do partido em questão, que acreditam no programa do partido e votam em convenções partidárias (quando há convenção) para escolher quem será o candidato da sigla que irá concorrer às eleições. Isso quem faz é o militante que hoje são poucos, diferente de outras épocas da história recente do país.

A base deste fenômeno está nos partidos que adotam estas práticas. E não são poucos dentre as 30 siglas partidárias existentes no Brasil, de acordo com TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
Estariam as organizações partidárias com dificuldade em filiar pessoas que acreditem em seus partidos a ponto de hastear uma bandeira na rua? 

Pois a contratação destas pessoas pelos partidos, nos leva a acreditar que, estes mesmos partidos pensam ou constataram que uma parte do eleitorado paulistano vota levando em consideração o “rostinho” mais bonito ou a bandeira que estiver mais alta. Ao invés de em suas campanhas ou programas eleitorais, tentarem mudar esta realidade, construindo então uma campanha com características de um MMA “eleitoral”, e assim valendo tudo para conseguir uma cadeira no legislativo e no executivo.

24 de set. de 2012

Atenção do consumidor ao comprar pela internet deve ser redobrada

No primeiro semestre de 2012, o número de reclamações no Procon contra sites de compra subiu 10% em relação à 2011
Por Leandro Correia


Atraídos pela facilidade, consumidores compram cada vez mais pela internet.
Foto: Banco de Imagens


Praticidade, rapidez, comodidade e muitas vezes até preços reduzidos. São alguns desses aspectos que fazem o número de pessoas que realizam compras pela internet crescer a cada ano no Brasil. Pesquisa divulgada pela Fecomercio de São Paulo mostra que quase 63% dos paulistanos fazem compra pela internet. Um crescimento de 11 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.


O número de reclamações subiu de 1690 para 1869 nesse ano.
Foto: Banco de Imagens
Mas muitas vezes o fácil e barato pode sair caro e gerar muita dor de cabeça, como no caso da Supervisora de Vendas Andréia Cristina da Silva Rodrigues, 33. Ela realizou uma compra através de um site de compras coletivas e acabou sendo vítima de um golpe. Há 1 ano, ela adquiriu um pacote de massagem e drenagem linfática e parcelou em 3 vezes. Quando foi marcar a data da utilização do produto, eles só possuíam datas disponíveis após 3 meses, exatamente o prazo em que as parcelas terminariam de ser debitadas do cartão de crédito. Sem suspeitar de nada, Andréia aceitou, mas a surpresa veio quando ela foi no dia marcado até o local: “Eu cheguei lá e as portas estavam fechadas. Eles fizeram tudo de cabeça pensada, foi estelionato com certeza”, afirma.


Andréia, assim como outras pessoas lesadas pela clínica, abriu uma relação no site e pediu a devolução do dinheiro. No caso de Andréia tudo terminou bem e ela foi ressarcida: “Fiquei contente que tudo acabou bem, mas em outra situação poderia ter sido pior”.

Andréia se considera sortuda por ter recuperado seu dinheiro.
Foto: Leandro Correia.


Antes de realizar uma compra pela internet é muito importante pesquisar sobre a empresa e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Vale também pesquisar as opiniões de outros clientes, de preferência em outros sites. E se certificar de que seu antivírus está funcionando para que não haja nenhum tipo de invasão.

Defasagem de Imposto de Renda afeta a classe média

Imposto de Renda tem diferença de 34% em 23 anos.
Foto: Banco de Imagens

De acordo com o levantamento apontado pela consultoria Ernst & Young Terco, a classe média é a mais afetada pela defasagem do IR (Imposto de Renda). A taxa 34,17% de 1988 até 2011. O maior impacto ocorre para quem tem base de cálculo entre R$1,7 mil e R$4,1 mil. Se a correção fosse de acordo com a inflação, com base no salário de 2012, o imposto poderia ter sido reduzido em 44%.




Fontes: G1, Terra e Jus Brasil

Premiação ajuda na construção de escolas no Haiti

Concurso celebra arte no setor de construção.
Foto: Banco de Imagens

A terceira edição do concurso internacional de fotografia digital The Art of Building (A Arte da Construção) organizado pelo Chartered Institute of Building apresenta alguns dos profissionais mais importantes que trabalham no setor de construção na Grã-Bretanha. O concurso vai premiar o melhor trabalho com dois mil libras, (cerca de R$6,3 mil), e ainda será leiloado para a construção de escolas resistentes a furacões e terremotos no Haiti.





Fontes: BBC, Folha de S.Paulo e Estadão

CRÔNICA: Tempos de escola


Por: Raquel Torres

Quando penso em escola a primeira coisa que me vem à mente é a hora do recreio, sempre estudei em escola pública e a minha era tão pobre, mas tão pobre que davam até lasanha de bolacha de água e sal. É isso mesmo, você não está lendo errado, era lasanha de bolacha de água e sal.

Aquilo era tão ruim que até as tias da cantina tinham vergonha de oferecer para os alunos, e isso não era o pior. Pior mesmo era a sal de aula, as carteiras eram tão pichadas que até pareciam revista em quadrinhos, eu sempre tive a impressão de que um dia sentaria na cadeira e aprenderia mais lendo a mesa do que os livros. O que não era muito difícil já que nos livros de história estava escrito que o presidente da época era o Floriano Peixoto, quem é Floriano Peixoto? Na época eu também não sabia, só fui descobrir esses dias, ele foi o 2º presidente do país em 1892. Os livros da minha escola eram tão velhos que faziam a Dercy Gonçalves parecer criança. E a lousa essa sim parecia a Dercy, cheia de rachaduras.

Tinha uma coisa que eu nunca entendi, uma vez a escola pediu a ajuda dos pais dos alunos para fazerem uma “vaquinha” para comprar cortinas. Só tem um problema às janelas da escola não tinham vidro, todas estavam quebradas, então pra que as cortinas.

Ah, tem uma coisa que eu também nunca me esqueço do tempo de escola, a correria por um giz, as professoras quase saiam à tapa pra ver quem ficava com aquele restinho de giz que mal dava pra segurar. Era engraçado, mas hoje entendo como é crítico o sistema de educação e como é injusto o Governo cobrar pessoas qualificadas para o mercado de trabalho, se o primeiro passo para que isso aconteça depende dele.

21 de set. de 2012

CRÔNICA: O abismo


Por: Carol Fortunato

Toda vez que ouço ou leio sobre o cenário econômico do país, me perco nos termos e siglas e me pego imaginando um mundo todo particular.

Para mim, debentures, commodities e securities são cardumes de três variedades distintas de peixes que habitam a profundidade do Oceano Pacífico e fazem parte do ecossistema econômico da região.

As commodities nadam mais próximas à estagflação do nicho de mercado, enquanto as securities ficam entre a margem bruta e a Curva de Lafer e as debentures preferem a depreciação da Curva de Philips.

E toda a paz e o equilíbrio desse sistema viu seu fim quando os especuladores americanos descobriram o abismo econômico em 1929. Eles exploraram tanto esse paraíso fiscal que quase extinguiram uma espécie de alga local, a ad valorem. Só não conseguiram porque o Grupo Ambientalista Maynard Marshall Akerlof, associado ao Greenshoe, deram um fim para esse oligopsônio. Depois disso, os americanos ficaram sem visitar o abismo por algumas décadas. Estavam muito mais interessados em sair do planeta e muito mais ocupados em guerras quentes e frias.

Mas em 2007, novos exploradores, liderados por Fannie Mae e Freddie Mac, foram levados pelo submarino subprime mortgage até o abismo. Os especuladores e os hipotecários que desembarcaram da bolha levaram seus derivativos negociáveis e se instalaram nas águas estagnadas do abismo.

Abrindo concorrência com os americanos, logo os europeus também começaram a explorar o buraco sem fim. Em pouco tempo, espanhóis e gregos já estavam bem à frente dos americanos na exploração das águas profundas e estagnadas do abismo econômico, penetravam o fundo do oceano (porque fundo do poço é fichinha) com épsilon e tudo. Tanto desbravamento diminuiu o rating lá na zona do euro e criou uma maré de austeridade.

A maré tempestuosa tomou seu caminho para a Ásia deixando alguns tigres mirrados. E os emergentes latinos, muito protecionistas e traumatizados com suas memórias de outros mares profundos do passado, mal saíram da warrant para molhar os pés.

E isso foi o que eu consegui conectar mentalmente quando me explicaram como funciona a economia e o que propiciou a atual crise econômica.

Atuação dos TREs é indispensável para sucesso da lei Ficha Limpa

Candidatos ficha suja barrados nas urnas.
Foto: Banco de Imagens

Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) são os principais responsáveis para que a lei da Ficha Limpa tenha sucesso. Com a nova lei em vigor muitos candidatos, considerados “fichas sujas”, já deixaram de concorrer nas eleições. Contudo, o trabalho de “limpeza” ainda está no início. Atualmente, a nova questão levantada é a melhora da qualidade dos partidos. A sociedade cobra transparência para que os cidadãos possam conhecer quem financia as campanhas para assim poder avaliar melhor seu voto.



Fontes: Agência Brasil, Terra e Uol

Escolha do tatu-bola como mascote da copa pode salvá-lo da extinção

ONG pretende preservar tatu-bola por meio da Copa do Mundo.
Foto: Banco de Imagens

Essa semana, a Fifa escolheu como mascote da copa de 2014 o tatu-bola. A sugestão do animal para simbolizar o evento foi da ONG cearense Associação Caatinga, que pretende preservar a espécie já extinta em outros países. O tatu, com características totalmente brasileiras, disputava a vaga com a onça pintada, a arara, o jacaré e o Saci-pererê. A escolha do animal será um trampolim para a ONG financiar a reprodução da espécie.




Fontes: Folha de S.Paulo, Diário do Nordeste e O Globo

CRÔNICA: O futebol pelo buraco da fechadura


Por Mauricio Pizani

Apita o juiz. É fim de jogo! Mais uma rodada do campeonato nacional termina. A imprensa começa a fazer o seu trabalho, especulando o porquê dos resultados, a péssima atuação de alguns jogadores, contratações, troca de técnicos e outros assuntos corriqueiros a esfera esportiva. 

Vendo tudo diante do meu televisor, de repente, toca o telefone. -Alô, quem fala?

Diretamente do além, do lugar onde os gregos intitulavam de Campos Elíseos (céu para os católicos). Uma voz responde.

- Sou eu, Nelson Rodrigues. Quero lhe dizer algo.

-Olá Nelson, diga-me.

Já faz algum tempo que venho analisando o cenário futebolístico da pátria de chuteiras (Brasil), percebi que os kamikases (os ventos sagrados) não sopram mais a nosso favor. Um exemplo disso é a entre safra de times e jogadores bons que estamos vivenciando. Não estamos formando uma seleção para ganhar a Copa que será realizada em solo tupiniquim. Nossas estrelas já não têm o brilho de outrora.Fico espantado também com esses jogadores ‘cai-cai’ que simulam faltas e dores inexistentes, como de praxe, eles brigam e discutem o jogo inteiro e depois se cumprimentam como duas ‘donzelas adestradas’, como se nada tivesse acontecido durante a partida. Essa falta de caráter faz mal ao futebol.O alto escalão, o grupo gestor do nosso futebol (CBF – Confederação Brasileira de Futebol) é tão sujo e corrupto quanto Richard Nixon e o caso “Watergate”, pois vendem os amistosos da seleção canarinho como se fosse um produto que é vendido em botequim. Só jogamos para platéias estrangeiras. É lamentável uma seleção nacional não jogar em casa, diante do seu público. Aqui onde estou é normal ver um elefante branco passando de vez em quando, pois no céu tudo é possível. Agora, esses elefantes brancos que estão sendo implantados no centro-oeste e norte do Brasil (estádio de Brasília e Manaus para a Copa) são absurdos. Na capital federal não há time de futebol para encher as arquibancadas daquela arena colossal. Muito menos Manaus que não tem representatividade alguma para o futebol nacional.

Como diz a música de Chico Buarque - ‘Dormia a nossa pátria mãe tão distraída, sem perceber que era subtraída em tenebrosas transações’ – assim agem os

boçais em nome dessa mentira chamada Copa do Mundo. Mas tudo isso, a sociedade esquece no primeiro balançar das redes da rodada seguinte. O time ganha, o atacante do seu time faz o gol da vitória, o técnico é mantido cargo, a torcida sai eufórica do estádio e a imprensa dá as mesmas notícias. Sobretudo, as falcatruas esportivas permanecem iguais. Caro Pizani, o futebol depois que se tornou um negócio, com apelo de massa, perdeu totalmente a magia e a essência.

- Concordo Nelson.

20 de set. de 2012

Por meio de blogs, concurso incentiva hábito da leitura


Incentivo da leitura através da internet.
Foto: Banco de Imagens

Durante uma reunião preparatória do Congresso das Línguas na Educação e Cultura, em Salamanca, na Espanha, foi apresentado um projeto com o objetivo de incentivar a leitura por meio da internet. A ideia foi proposta pela OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura). Os participantes criaram blogs e compartilharam as obras lidas. De março a agosto de 2012 houve mais de 800 inscrições de jovens de mais de 16 países. 




Fontes: Uol, Agência Brasil e Estadão

Preço da cesta básica aumenta em 15 capitais brasileiras


Feijão, um dos alimentos que influenciou no aumento do preço da cesta básica.
Foto: Banco de Imagens
De acordo com a pesquisa feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o preço da cesta básica aumentou em 15 das 17 capitais avaliadas. O óleo, feijão, leite, pão, tomate e a soja são os principais alimentos que influenciaram na elevação dos preços. A cidade de São Paulo tem o maior valor de cesta básica do país. O custo para alimentação está em média R$277,27. A cesta mais barata é de Aracaju com o valor de R$192,52.



Fontes: G1, Terra e Bol

CRÔNICA: Carnaval de primavera


Por Maris Landim 

Como não era de costume sai de casa atrasada, corri até o ponto de ônibus e peguei o primeiro que surgiu pela avenida. Murmúrios e buchichos agitavam o caminho até a estação, ouvia nas entrelinhas e observava os olhares cruzados. Pela janela, placas, cartazes e fotos abarrotavam a avenida. Alguns semblantes não eram estranhos, figurinhas repetidas, outras novas para o álbum.

A cada parada um rosto estampado no terreno abandonado, em cada esquina um cartaz com a melhor foto que pudera tirar a cada quarteirão um carro de som cruzava a avenida. Tantas fotos, quantos papéis, quantas pessoas. De onde vieram? O que fazem?

As crianças colecionavam os papéis, juntavam pilhas e pilhas e depois brincavam como entregadores de panfletos, os adultos mal olhavam, jogavam o que recebiam no chão e continuavam sua caminhada se queixando do atraso. Já os adolescentes revolucionários, reclamavam da sujeira e com fones de ouvido fingiam estar aleatórios à correria. E o gari sempre ali, varrendo, juntando e recolhendo tudo. Enchia sacos e sacos de lixo para depois os distribuir pela avenida.

Durante o trajeto me atentei à programação da televisão que ficava no ônibus, um trecho da novela, os destaques do jornal, o horóscopo diário, até que interroperam a programação e uma tela azul com os seguintes dizeres: “Horário reservado para a propaganda eleitoral gratuita”. Bastou o anúncio aparecer para dispersar o interesse dos passageiros do ônibus.

Pois é, começaram as eleições municipais de 2012. Os roteiros todos já sabem, as músicas e as frases feitas muitos já decoraram, viraram “hits” do momento. E você, já sabe em quem votar? No país, conhecido pelo carnaval, a política não poderia ser diferente.

A apresentação começou e todos que ali estavam sentados, rumo a um dia frenético de trabalho, retomaram sua atenção à TV e ali permaneceram. Os primeiros colocados do último desfile já haviam se apresentado, em seguida a segunda alegoria, nela palhaços tomam a frente e fazem a alegria da arquibancada. Na passarela, mulheres-fruta brigam pelo título de rainha da bateria.

Como não poderia faltar, o que não é novidade, o carro alegórico de destaque intitulado “Aerotrem” causou euforia, muitos aplaudiram outros desacreditaram que ele conseguira entrar na avenida empurrado por ex-BBBs que mandavam beijos e novamente pediam votos emocionados.

Aqueles que passavam pela linha de chegada eram disputados pelos jornalistas que no horário do almoço já estariam com a matéria pronta para o jornal de amanhã. E assim foi até que todos se apresentaram. Quando me dei por conta, a programação havia terminado e voltaram a apresentar o horóscopo de Áries, olhei para alguns passageiros no ônibus que estavam dormindo e me perguntei, “– Será que eles enfim descobriram o que um vereador faz?”

19 de set. de 2012

30° edição da Bienal de SP tem custo 20% menor do que a anterior

Bienal, orçamento menor com mais qualidade
Foto: Banco de Imagens

Com o tema “A iminência das Poéticas”, Bienal de SP, teve o menor custo dos últimos tempos, um feito raro nas palavras do presidente da Fundação Bienal, Heitor Martins. Segundo Martins a Bienal não encolheu, só houve um esforço de modernização por parte de seus organizadores. A edição deste ano conta com cerca de 110 expositores e mais de 3000 obras expostas em conjuntos. A amostra vai até nove de dezembro no Pavilhão da Bienal no Parque do Ibirapuera com entrada gratuita.










Fontes: Correio Democrático e Último Segundo

As melhorias no PET são insuficientes, segundo frequentadores

O Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET) recebe melhorias na infra-estrutura, mas ainda tem pontos a melhorar
Por: Murillo Magaroti

Parque é indicado como opção de lazer para toda a família.
Foto: Juliana Costa

A Hipertexto esteve no PET para saber o grau de satisfação das pessoas com o parque.

Rafael Hernandez (28), frequentador há mais de 15 anos, lembra de quando o parque se chamava CERET e era preciso ser associado: “para se frequentar o clube era necessário ter a carteirinha, pois ele pertencia à associação de comerciários de São Paulo.” Para ele há descaso por parte dos órgãos públicos, “o número de frequentadores aumentou, eles deveriam meter a mão no bolso e ajudar”.
Arena de Rugby do PET recebe jogos do campeonato paulista.
Foto: Juliana Costa

Segundo a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (SEME), o número de usuários saltou de 42.000 para 120.000/mês em média. A SEME não se pronunciou quanto aos valores investidos desde 2008, ano em que assumiu a administração do parque. Porém, pontuou uma série de mudanças ocorridas desde então, como a área do circo e dos quiosques para lazer; novo playground com 30 novos brinquedos; espaço para prática de Rugby e implantação de ambulatório médico e de 238 postes de iluminação ao redor do parque.

A iluminação também é um problema apontado pelos frequentadores. De acordo com Luigi Alves (19), o ginásio estava com iluminação precária: “nós fizemos vaquinha para trocar a fiação e ter um funcionamento de iluminação decente”.
Quadras de vôlei receberam nova pintura.
Foto: Juliana Costa.
Sobre isso, a SEME informou que os atletas que utilizam o ginásio para prática de vôlei assumiram um termo de doação em proldo reparo.

Os frequentadores entrevistados lamentam ainda o fato de a piscina do clube, considerada uma das maiores da América Latina, permanecer fechada boa parte do ano. A Secretaria de Esportes diz que “as piscinas ficam fechadas no período de março a setembro para manutenção e por questões da demanda de usuários”.


O PET fica na Rua Canuto de Abreu, s/n°, no bairro do Tatuapé. A entrada é franca.

CRÔNICA: Não vou me adaptar


Por: Tayane Garcia

Mundo louco, mundo rápido, mundo agitado. 

É engraçado como em poucos anos o mundo que eu conheci, romântico, tranquilo e, ao mesmo tempo, cheio de protestos políticos e lutas por direitos, pode ter mudado tanto.

Na minha época, era máquina de escrever, telefone com fio, TV grande (muito grande). Hoje tem celular que só de tocar na tela você consegue falar, tirar foto, filmar e até assistir TV (!). Como pode?

Tudo bem vai. Acho que estou ficando velho para conseguir acompanhar todas essas novidades.

Louco. Apesar de eu me surpreender com tudo isso, teve uma coisa que me chamou mais a atenção um dia desses aí, quando estava voltando pra casa de uma consulta.

Havia dois jovens garotos, mais ou menos com 13, 14 anos cada um. Eles estavam falando – como todo bom adolescente – de garotas.

“Véio, ela é muito gata. Acho que a mais bonita da escola. Pedi pra ela me add no face. Fica mas fácil pra nóis trocá ideia.”

Add? Face? Trocá ideia? Que diabos isso significa??? Mesmo sem entender nada continuei atento a cada nova palavra que ouvia.

“Mano, demorô. A mina é gata, cai pra cima.”

“Pô, véio. Lógico! A gente já começou a bolar uma ideia pelo face. Faz uma semana que estamos conversando. Vamô deixá rolá.”

Ok, ok. Não imagino o que significa metade dessas palavras que os jovens disseram, mas consegui captar a mensagem. Este assunto é sempre comentado, em qualquer idade.

Sinceramente eu pensava que essa geração da internet conversava menos, e que eles ficavam mais isolados em casa, com suas máquinas fantásticas, comendo salgadinho e tomando Coca-Cola.

Mas acho que não é bem isso, não. Esta conversa que ouvi, meio que sem querer, me fez perceber que os jovens de hoje conversam mais, porém, com menos contato. Imagino que eles devam falar com umas 200 pessoas ao mesmo tempo, por meio de computador, celular, e outras coisas que nem imagino que existam.

Imagino também que eles devam ficar confinados em suas casas, com suas parafernálias tecnológicas, engordando e marcando encontros – ou como eles dizem, um rolê – para a noite. E vai dizer que eles não gastam as calorias do salgadinho, hein?

O romantismo pode ter se perdido sim, em meio a tanta tecnologia. Mas a comunicação aumentou (e muito).

Agora, se nada disso existia antigamente, como fazíamos para viver etapas tão especiais em nossa vida, como namorar?

Acho que é hora de me adaptar.

 
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