Método de ensino a distância oferecia aulas de corte e costura até contabilidade
Por Anderson Duschek, Nataly Sales e Raquel Torres
Em meio à era da tecnologia, onde a informação está disponível em todo lugar pela internet, cursos por correspondência (EAD) parecem chegar ao seu fim.
Segundo dados do Instituto Monitor, que é um dos primeiros a implantar esse tipo de ensino no Brasil, no início dos anos 90 eram recebidas cerca de mil cartas por dia, e hoje esse número não chega a dez .
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Professora acredita na EAD mas avisa que tudo depende do esforço do aluno Foto: Arquivo Pessoal |
Elaine LuyPilon, 42 anos, é professora e coordenadora do ensino regular do Colégio Angloo Mooca, e diz que não acha esse tipo de ensino bom. “Você nem sempre tira suas dúvidas e também não cria uma ‘religiosidade’ com o ensino”, conta Pilon.
O curso por correspondência teve seu início no começo dos anos 40 e era muito reconhecido. Seu público-alvo não eram apenas as pessoas que não tinham tempo de ir à escola, mas sim pessoas que já estavam consolidadas no mercado de trabalho, em sua maioria de cidades do interior onde não havia cursos profissionalizantes de qualidade.
Alguns dos cursos mais procurados da época eram os de eletrônica e rádio. Até as Forças Armadas utilizaram esse método de ensino.O Exército ofereceu um curso de aperfeiçoamento de oficinas também em EAD.
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“Tem que haver empenho, não pode relaxar”, afirma Lindalva Foto: Arquivo Pessoal |
A educadora Lindalva dos Santos, 45 anos, é uma das poucas adeptas ao ensino adistância. “Eu recomendo esse tipo de ensino para pessoas com o dia a dia corrido como o meu”. Mas a educadora aconselha a sempre escolher uma instituição que tenha pelo menos uma aula presencial, para sanar as dúvidas que venham a ocorrer.
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Psicologa diz que EAD pode ter efeito negativo Foto: Arquivo Pessoal |
“A simples falta de troca de aprendizagem, ou não partilhar acontecimentos do dia a dia, pode afetar o convívio social de uma pessoa, especialmente quando relacionado ao mercado de trabalho”, explica a psicóloga Rosemeire Bezerra, sobre os cursos a distância.
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