Prêmio milionário faz com que pessoas apostem em jogos de azar

A popularidade dos jogos de loterias atraiu emissoras de TV, que apostam na temática em suas novelas

Por Larissa Leonardi

A lotérica, localizada no Belém, já premiou diversos jogadores
Foto: Ingrid Taveira

A fama dos jogos de loterias chegou à TV. O tema, que está sendo abordado por duas novelas, atrai diversas pessoas pela possibilidade de ganhar milhões, apostando pouco. Mesmo com a facilidade de fazer os jogos, cada apostador tem 0,000002% de chances de ganhar.  Isto corresponde a 1/50 063 860 = 0,00000002.

Há quatro tipos de apostas mais conhecidas: a quadra, em que é necessário acertar quatro dezenas para ganhar o prêmio mínimo; a quina, em que se deve acertar cinco dezenas para ganhar o prêmio médio; e a sena, o prêmio máximo, em que o jogador deve acertar seis dezenas para receber o valor milionário. 

Marcos conta que sempre viu seu pai jogar na loteria
Foto: Ideilma Leornadi

É comum, em diversas empresas, funcionários criarem grupos de apostas, assim, mais jogos são feitos e as chances são maiores. Marcos Celso Ribeiro, securitário, conta que, onde ele trabalha, foi formado um grupo de 21 pessoas, cada um com dois jogos de seis dezenas, para apostar na Mega-Sena. Lá, as apostas são feitas mensalmente, totalizando oito concursos por mês, sempre repetindo os mesmos números.

Há quem prefira apostar sozinho, assim a bolada de milhões poderá ser aproveitada por inteiro. Ronaldo Tahara, dono de uma loteria no bairro do Belém, explica que, quem aposta uma grande quantia em dinheiro, aposta por um longo período e depois para. Já quem investe pouco tenta sempre. “Alguns casos o ganhador aposta apenas uma vez, a gente nem chega a conhecê-lo”, conta Tahara.

Conviver diariamente com os jogos faz com que o dono também se sinta tentado. “Eu também aposto todos os dias, mas nunca ganhei nenhum prêmio grande”, acrescenta Tahara. Mesmo com toda a propaganda, o grande número de fãs e com os diversos ganhadores divulgados, ainda há quem desacredite.

Para o designer Willian Sanfer, no Brasil, os jogos de azar são uma forma “legal” de lavar dinheiro. “A possibilidade de ganhar em qualquer um desses jogos é extremamente mínima. Sendo assim, prefiro continuar desacreditando”, afirma Sanfer.

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