29 de mar. de 2011

Rubens Lisboa

Iniciei o curso de Jornalismo na Universidade Cruzeiro do Sul em 2005 e, logo no quarto semestre, tive a chance de participar do processo seletivo do jornal esportivo Lance!, que no ano seguinte me contratou como estagiário. Foi desta forma que consegui entrar bem na área, já que o trabalho de estagiário era igual ao de um repórter efetivo da empresa e eu tinha de sugerir pautas, entrevistar personalidades e cobrir eventos importantes.

Ao mesmo tempo, a frequência no curso era prejudicada devido ao horário de trabalho da redação (nem sempre as leis são cumpridas pelas empresas no jornalismo). O aprendizado em termos de ação no jornalismo na empresa era maior do que na universidade, onde você ainda não sabe bem o que vai encontrar no mercado e aprimora o lado técnico da profissão.

Saí da Cruzeiro do Sul em 2007 e fui para outra instituição de ensino, na época em que pude cobrir alguns dos maiores eventos esportivos realizados no Brasil e participei pela primeira vez de uma cobertura olímpica na redação. Após alguns problemas novamente em relação aos horários de trabalho e estudo, voltei para a Cruzeiro do Sul e deixei o Lance! em meados de 2009.

Logo fui contratado pelo Universo Online (UOL), do Grupo Folha de S. Paulo, onde aprendi a lidar com a pressão por tempo e precisão na internet e isso ajudou a elaborar o meu Trabalho de Curso (TC), o livro "Tênis F.C. – O tênis no país do futebol", em que aproveitei o contato com o esporte para o trabalho acadêmico no qual o principal era mostrar como uma modalidade tenta se desenvolver em um país onde é considerada cara enquanto o futebol é supervalorizado e recebe a maior parte dos investimentos públicos.

Atualmente ainda faço parte da equipe de esportes do UOL e acrescentei ao currículo a cobertura na redação da Copa do Mundo de 2010 e o acompanhamento in loco de eventos internacionais de tênis, modalidade pela qual sou o responsável na empresa.

O lado bom de trabalhar com esportes é o fato de poder explorar arte, moda, política economia e cotidiano em apenas uma editoria. A parte ruim ainda é o preconceito com o esporte, o ufanismo e a visão equivocada sobre o esporte no jornalismo que existe ainda por parte de muitos profissionais, além de outros que não conseguem separar razão e emoção.

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