1 de mar. de 2011

A valorização da experiência ganha espaço no futebol

Jogadores continuam em plena atividade esportiva com idade considerada avançada

Por Danilo Cardoso

Com a alta da valorização da experiência no ramo empresarial, nos campos de futebol não tem sido diferente. Atualmente, o atleta que possui uma “bagagem” na profissão devido à idade tem sido cada vez mais procurado. Dados apresentados na Revista Brasileira de Ciência e Movimento demonstram que 56% dos atletas acima de 35 anos mantêm algum vínculo ativo ao esporte, proporcionando uma nova visão e perspectiva ao atleta veterano.
Uma grande polêmica levantada nos últimos dias foi a contratação pelo São Paulo Futebol Clube do jogador Rivaldo, atual presidente do clube Mogi-Mirim. Devido a sua idade (38 anos), seria arriscado continuar a prática do futebol por ser um esporte de intensa atividade corporal.
“A valorização do atleta é fundamental para uma aposentadoria saudável e feliz”, afirma o jogador do time do Ajax São Luiz, Pedro Roseno de Siqueira, 54 anos, conhecido como “Pedrinho”.  Ele comenta que, para um bom desempenho e motivação para a prática do futebol ou de qualquer atividade esportiva, o mais importante é ter o apoio familiar.
A médica Juliana Valente, clínica geral do AMA (Assistência Médica Ambulatorial) do Jardim São Luiz, zona sul de São Paulo, fala que é muito bom que pessoas com faixa etária acima de 33 anos tenham práticas esportivas regulares, até mesmo o futebol, pelo fato de trabalhar a musculatura do quadril, abdômen, pernas e calcanhares, reduzindo drasticamente o risco de doenças vasculares, como, por exemplo, artrose e doenças cardíacas como o infarto e outras doenças hereditárias. Porém, sem moderação e acompanhamento profissional, mesmo que se esteja demonstrando uma ótima forma física, corre-se um risco real de vida, principalmente para os atletas com idade avançada.
Conforme explica o instrutor de musculação João Donizete Santos, ex-halterofilista, manter uma atividade fisiológica constante pode ser um dos fatores que permitem que atletas como Rivaldo ainda estejam e em plena atividade. Santos revela que hoje, diferentemente do que acontecia na época em que ele atuava como atleta, na década de 80, há uma valorização do ser humano e da sua experiência de atuação. “Há 25 anos, um atleta que possuía uma idade de 32 anos não poderia exercer uma atividade devido à condenação médica da época. Hoje em dia, vale a pena ser atleta”.

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