Evento proporciona superação de limites aos portadores de deficiência mental
Por Danilo Cardoso
Enquanto as Olimpíadas se realizam em 2012 em Londres, este ano acontecerá, no mês de julho, a 34ª edição da Special Olympics. O evento, que teve início em 1968, é um programa internacional de treinamento esportivo e competição ao longo do ano para pessoas com deficiência intelectual. Durante estes 33 anos, foram realizadas 200 edições do programa, que atualmente tem 1,7 milhão de atletas participantes de 150 países e 26 modalidades de esportes em diferentes países.
"Minha irmã, depois de iniciar o tratamento e a prática do esporte, tem demonstrado maior reação de representação das informações que lhe são passadas, como, por exemplo, quando a cumprimentam ou chamam a sua atenção”, revela o preparador e instrutor de musculação João Donizete Santos, irmão da halterofilista Kátia Regina Sanches, que é portadora de autismo e pratica o esporte há dois anos sob a supervisão do irmão.
A professora de ensino fundamental e psicopedagoga Isabel Villares de Almeida, que desenvolveu em sua dissertação de Mestrado uma pesquisa a respeito da atuação do esporte no tratamento de pessoas portadoras de autismo, fala sobre os benefícios dessa iniciativa: “A Special Olympics é um evento fabuloso de superação e oportunidade para essas pessoas tão discriminadas pela sociedade”.
Rodrigo Gorgatti , técnico do time de basquete de paraplégicos pelo Centro Olímpico de São Paulo, tem verdadeira paixão por treinar pessoas com necessidades especiais. “Quando conheci a Special Olympics, logo me reconheci no que já desenvolvo com o meu time de cadeirantes e vejo o quanto é gratificante cada treino e cada vitória que eles conquistam. É simplesmente fantástico, então eu entendo que os treinadores de deficientes mentais sentem com a conquista de seus atletas ainda mais em grandes competições como a Special Olympics".
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