4 de nov. de 2013

Rugby é levado aos alunos da rede municipal de São Paulo

Esporte praticado em 120 países é disseminado por projeto que capacita crianças e adolescentes
Por: Beatriz Pietro
Johnson (no chão) joga na posição de hooker  no time
Templários. Foto: Arquivo Pessoal

O segundo esporte mais popular do mundo é agora praticado pelos alunos da rede municipal de ensino da cidade de São Paulo. Com o objetivo de oferecer acesso a prática do Rugby, o projeto Rugby Cidadão capacita meninos e meninas de 10 a 16 anos em 23 CEUs das regiões Oeste, Sul e Leste da capital.

A iniciativa, que já conta com a participação de mais de 650 crianças, é fruto da parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Associação HURRA!, organização que dissemina a modalidade como esporte de formação de valores para a transformação da sociedade.

Apesar do que se imagina, o Rugby não é violento. Como todo esporte de contato, a modalidade exige um pouco mais de preparo, mas isso não impede que ele seja praticado por crianças, afirma Alejandro Johnson, jogador e idealizador do time paulista Templários. "Para a criança, o risco de lesão é zero. A categoria se enquadra na fase de inicialização. É claro que pode acontecer alguma fatalidade, como tropeçar ou cair, mas nada diferente do que estaríamos sujeitos ao praticar qualquer outro esporte", ressalta.

Ainda se tratando da categoria infanto-juvenil, o atleta ressalta: "Existe uma adaptação ao jogo tradicional, chamada de Rugby Tag, que não envolve contato físico e foca somente no aprendizado dos fundamentos do esporte". Esta modalidade foi adotada pelo projeto Rugby Cidadão por ser ideal para ser implementada em pisos duros. A partida dura dois tempos de cinco minutos e possui o mesmo objetivo do jogo original: atravessar a linha de fundo adversária, podendo apenas passar a bola para o lado ou para trás. No entanto, a interceptação do atleta é substituída pelo arrancar de fitas amarradas a um cinto. Quando uma das faixas do portador da bola é arrancada, este já não pode mais correr e é obrigado a passar a bola a um companheiro da mesma equipe.

Nascido no Chile, onde a modalidade possui maior aceitação do público do que no Brasil, Johnson afirma que a disseminação do Rugby em território brasileiro acontece a passos vagarosos, mas acredita que este projeto trará mais adeptos ao esporte no país.

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