26 de ago. de 2011

Aparelho celular utilizado como ferramenta de alfabetização

Projeto de matemático vai utilizar programa de smartphones para alfabetização de jovens e adultos

Por Vasco Guimarães

O Programa de Alfabetização na Língua Materna (PALMA) foi criado pelo matemático José Luiz Poli em abril de 2011, em Campinas. Funciona pela combinação de sons, letras e imagens nos celulares e está sendo testado pelas prefeituras municipais de Campinas, Itatiba e Pirassununga.

A ideia surgiu ao notar que as pessoas sabem usar celulares.“Percebi que pessoas analfabetas podem usar os números para fazer e receber ligações. Se criasse um método que combinasse letra e número, poderiam aprender”, comenta Poli.

Smatphones utilizados pelo PALMA
Por Bianca Castilho
O programa é acessado pelo celular,por 30 minutos, e pode-se levar para casa. A evolução medida ao final de cada atividade por meio de um sistema de monitoramento instantâneo, via mensagem SMS.

Os dez alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Clotilde Barraquet von Zuben, em Campinas, aprovaram o método. Ao passarem por uma prova presencial com o uso do celular, no fim do ano, eles ganham o aparelho, dependendo do resultado.

O PALMA será testado até o fim do ano e ampliado para outras cidades. Os alunos do programa devem aumentar para 88, devido ao reconhecimento pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

A professora de educação especial da Escola Municipal de Educação Especial (EMEE) Anne Sullivan de São Paulo e professora/orientadora de apoio à inclusão no Centro de Apoio à Inclusão Social (CAIS) em Diadema, Andréa Franciulli, achou o projeto bem feito. Acredita que possa ser utilizado por alunos com necessidades educacionais especiais, mas para tanto necessitaria de adaptações, como conectar o aparelho a um teclado Bluetooth em braile, e uma conversão do programa para uma linguagem que alunos cegos possam traduzir. Para alunos com mobilidade reduzida, podem-se utilizar aparelhos ativados pela voz. Franciulli crê que este seja o próximo passo para a sua utilização.

A coordenadora pedagógica da EMEF Olavo Fontoura, Raquel Abdo, diz que, para a alfabetização, além do processo visual utilizado no PALMA, é necessário o ato motor da escrita (cinestesia), e a mediação do professor é fundamental durante todo esse processo.



Apresentação do Projeto Palma

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