19 de ago. de 2011

Entrevista: Maria e Henry Jaepelt, fanzineiros

Por Carolina Campos, Roberta Galvão e José Roberto Pessoto

Nos anos 80 Maria Jaepelt e Henry Jaepelt se envolveram com fanzine. Desde que seguraram pela primeira vez o lápis, se envolveram com arte.
Sobre os planos futuros? Querem continuar desenhando! Confira alguns dos desenhos favoritos da dupla e conheça mais sobre fanzine na entrevista cedida ao Hipertexto:

Desenho de Maria Jaepelt
Hipertexto: Como e quando se envolveram com fanzine, e principalmente, com arte?

Jaepelts: Nos envolvemos com fanzine quase na mesma época (anos 80), e com arte, assim que aprendemos a segurar um lápis e um papel! Quando eu (Maria) era criança, gostava muito de brincar de escola, mas só queria ser professora de desenho!

Eu (Henry) comecei a conhecer esse universo mais ou menos em 85 ou 86. Comecei a publicar em fazines mais ou menos em 1987, em diversos estados brasileiros, e também no exterior (Alemanha, Argentina, Espanha, Portugal, Finlândia, EUA, Croácia, entre outros países). O grande lance era que tudo isso circulava via correio, por envelopes e mais envelopes, demorando uma eternidade para chegar. Hoje, você manda coisas para qualquer lugar via e-mail.

Hipertexto: Qual é o papel do fanzine para quem faz? E para quem lê?

Jaepelts: Começa na dificuldade da aceitação do produto nacional nas editoras. Existe um preconceito muito grande com desenhistas nacionais (com exceção do Mauricio de Sousa e do Ziraldo, que por sinal somos fãs de ambos). O fanzine vem da vontade de querer divulgar nossa arte, do jeito que achamos melhor, sem editor pegando no pé, e sem censura! Quem lê, geralmente também faz fanzine. Há também o público colecionador, que ama o underground. Há o lado da amizade também. Temos amigos que fizemos naquela época, que duram até hoje! E os que perdemos de vista, estamos encontrando através das redes sociais.

Hipertexto: O que de mais importante vocês já divulgaram através de um fanzine?
Desenho de Henry Jaepelt

Jaepelts: Nossa arte em geral. Ilustrações, quadrinhos, textos, tirinhas, uma infinidade de coisas.

Hipertexto: Que materiais são mais recorrentes em seus desenhos?

Jaepelts: Folhas A4, lápis 6-b, canetas nankim de diversas espessuras de traço (da 0,5 até a 1,2) e pincéis para grandes áreas escuras.

Hipertexto:O fanzine ganhou força ou perdeu na sociedade contemporânea?

Jaepelts: O fanzine impresso perdeu força, embora tenha mais charme do que qualquer outra mídia. Ainda há muita coisa sendo lançada, mas, sem o mesmo destaque que havia nos anos 80 e 90.

Hipertexto: Têm planos futuros com a arte? Quais são os planos? 

Jaepelts: Continuar desenhando e publicando onde, quando e como for possível...

Hipertexto: O que as pessoas não devem deixar de saber sobre arte e fanzine?

Desenho de Henry Jaepelt
Jaepelts: Que os fanzines são expressões da arte livre de preconceitos, rótulos e normas comerciais. São a expressão de um pensamento livre!


Hipertexto: Recado para quem quer ser fanzineiro e artista?

Jaepelts: Faça fanzine! Informe-se, procure, garimpe. E encha folhas e mais folhas com suas ideias!


Hipertexto: Quais desenhos são seus preferidos? Os próprios e o do outro.

Jaepelts:Existem trocentos e tantos! Não daria para enumerar e citar todos.

















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