19 de ago. de 2011

Relatório WebShoppers registra o crescimento do e-commerce brasileiro

Apesar da crise econômica mundial, levantamento indica aumento de vendas no primeiro semestre de 2011

Por Ingrid Taveira, Larissa Leonardi e Tatianne Francisquetti


"Nunca foi tão fácil comparar preços como hoje, graças à internet",
diz Maurício Bastos
Arquivo pessoal


Divulgado na última terça-feira (16), a 24ª edição do relatório WebShoppers, realizado pela e-bit e pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, trouxe informações positivas para o setor do e-commerce. De acordo com dados divulgados, as vendas eletrônicas chegaram a atingir o valor de R$ 8,4 bilhões, somente no primeiro semestre do ano.

Ainda que tenha sofrido uma pequena retração comparada ao ano de 2010, justificada por fatores externos, como a Copa do Mundo, que alavancou a produção de diversos setores, essa estimativa, que superou em R$ 2 bilhões o valor calculado em 2008, foi vista de forma positiva pelo varejo eletrônico.

Para Andrea K., gerente de produção de uma grande empresa de e-commerce, esse crescimento se deve, principalmente, às facilidades que a tecnologia fornece, hoje em dia, aos compradores. O acesso à internet ficou mais facilitado, graças a dispositivos móveis que garantem maior conectividade, como tablets e celulares, e tornou-se mais fácil e cômodo efetuar compras online.

Apesar da instabilidade econômica que atinge o mundo, o WebShoppers prevê que as vendas eletrônicas atinjam, no segundo semestre do ano, o valor R$ 18,7 bilhões, o que significaria um crescimento de 26% em relação a 2010. “O número de brasileiros que compram pela internet ainda é baixo em relação ao volume de internautas que o país possui”, explica Andrea, que acredita que a área do varejo virtual tenha potencial para atingir essa marca. “A previsão é de que até 2016 o crescimento seja acima de 180%”, complementa.

Além das opções de varejo tradicional, o e-commerce oferece o serviço de compra coletiva, canais complementares em que o comprador pode adquirir diversos serviços e produtos com descontos de até 90%. Segundo Maurício Bastos, gerente de produto de um site de ofertas, o comércio eletrônico pode ultrapassar o volume de transações do comércio tradicional, sobretudo pela comodidade, mas não irá passar em termos de valor transacionado, visto que as grandes compras são feitas fora do ambiente online, como imóveis e automóveis.

Tatiane Souza, 26 anos, assistente de cadastro, é adepta das compras por e-commerce. Para ela, compras online são mais cômodas, já que você pode receber seus produtos diretamente em sua casa e ainda contar com o benefício de poder trocá-las, caso não goste. Além disso, ela ressalta, também, que a variedade de produtos disponíveis na internet é maior do que a que você poderia encontrar em lojas físicas.

Mesmo com os inúmeros benefícios, ainda existem pessoas que se sentem melhor comprando em lojas físicas, como Shirlei Aguiar Martins, 17 anos, estudante, que prefere o varejo tradicional porque, caso seja necessário trocar o produto por defeito ou qualquer outro motivo, há uma burocracia maior no e-commerce.

O processo de decisão de compra é complexo e envolve várias etapas. Para Bastos, é nesse ponto que o e-commerce e o comércio tradicional se complementam. “Nunca foi tão fácil comparar preços como hoje, graças à internet. A loja física, no entanto, proporciona uma experiência sensorial que o meio online ainda não conseguiu alcançar. O que acontece muitas vezes hoje é que o comprador escolhe o produto na loja e o adquire pela internet, onde o preço é mais baixo. Nesse sentido, existe uma oportunidade para os lojistas encontrarem caminhos que agreguem mais valor para o consumidor”, especifica.









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