Pesquisas demonstram como evitar o aumento de peso pela educação alimentar
Por Bruno Dionísio, Danilo Cardoso e Laís Carvalho
A pirâmide alimentar - Núcleo de Nutrição - Campus Anália Franco Foto: Bruno Silva |
A obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil, atingindo cerca de 10% das crianças brasileiras, dados fornecidos pelo Manual de Psiquiatria Infantil (USP) e pela nutricionista Sylvia Elisabeth Sanner.
A especialista em nutrição Rosana Matos menciona que o melhor método para prevenir a obesidade infantil (comprovado a partir de estudos acadêmicos) começa em casa com os pais administrando a alimentação e utilizando-se da criatividade. “O espinafre, por exemplo, pode ser preparado em forma de bolinho”, diz Rosana.
A responsável pelo Núcleo de Nutrição Humana da Universidade Cruzeiro do Sul, Kátia Andrade, também concorda com a criatividade na hora da alimentação. “Com as crianças, devemos trabalhar de forma lúdica, trocando o tomate normal pelo tomate cereja. A criança trabalha com imagens, é necessário colorir os pratos do dia a dia, especificando horários e tornando mais divertida a hora da alimentação com sabores diversificados”, explica.
A professora e nutricionista do Núcleo de Nutrição, Kátia Cristina Andrade Foto: Bruno Silva |
Guloseimas e lanches pela facilidade de preparo acabam aumentando o seu consumo. “O fato de os pais possuírem uma rotina intensa faz com que eles não tomem os cuidados necessários no consumo destes alimentos, gerando, na criança, a obesidade”, afirma a pedagoga especializada em recreação infantil Aline Costa.
A dona de casa Luíza Oliveira comenta sobre a alimentação preparada para seus filhos, Flávio, de 12 anos, e Ricardo, de 4 anos, que sofrem com excesso de peso. ”Eu não entendia por que eles ganhavam tanto peso. Dava frutas, legumes, verduras à vontade acompanhadas com porções de carne vermelha ou branca, e nada resolvia”, explica. Ao procurar um nutricionista, Luiza tomou ciência dos valores da educação alimentar para seus filhos, e pôde compreender que não é só a variedade que torna a alimentação saudável, mas sim a quantidade ingerida de alimentos.
0 comentários:
Postar um comentário