Teatro Tuca foi palco do encontro de estudantes com grandes nomes do jornalismo nacional
Por: Ráissa Fernandes e Audrey Pujol
Fotos: Allyne Pires
Com início às 20h, reportagens de diversas mídias foram premiadas. |
O 34º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, no último sia 23, foi especialmente importante. Em 24 de setembro, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a alteração do atestado de óbito do jornalista, que constava "asfixia mecânica" - tese defendida na época pelo exército, e que indica suicídio - e passará a informar que a morte ocorreu por "lesões e maus-tratos sofridos do II Exército - SP (DOI-CODI)".
Os jornalistas Juca Kfouri e Mônica Teixeira fizeram as entregas da premiação. |
Apresentado pelos jornalistas Juca Kfouri e Mônica Teixeira, profissionais da comunicação foram premiados nas categorias rádio, televisão (documentário e reportagem), revista, jornais, internet, fotografia, especial e artes.
Durante o evento, ocorreu também a entrega do 4º Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, que tem por objetivo incentivar jovens estudantes de jornalismo a elaborar e desenvolver pautas jornalísticas relacionadas aos Direitos Humanos.
Neste ano, o tema destaque é "As Comissões da Verdade no Brasil" e os vencedores irão desenvolver uma pauta relacionada ao tema, sob o patrocínio do Instituto Vladimir Herzog e conhecer o Museu da Memória e dos Direitos Humanos no Chile, junto co seus professores orientadores.
O Prêmio Jovem Jornalista tem o nome deste jornalista, amigo de Herzog. |
Os ganhadores do Prêmio Vladimir Herzog discorreram sobre as dificuldades da produção de suas matérias, a satisfação ao vê-las prontas e poder mostrar a vida das pessoas que vivem à margem da sociedade.
Um dos mais importantes prêmios da noite, na categoria Reportagem de TV, foi entregue por Rubens Paiva aos jornalistas: Miriam Leitão, Claudio Renato e Cristina Aragão. Premiados pela reportagem "Uma História Inacabada", vinculada pela Globo News.
Em seu discurso de agradecimento, Miriam Leitão, emocionada, declarou: "Eu chorei muito assim que soube. Para mim, é um grande prêmio, sou de uma geração de jornalistas que viu Vladimir Herzog morrer. esse é um passado que precisa ser enfrentado".
Miriam Leitão ao discursar se emocionou. |
Nesta edição, também houve a entrega do Prêmio Especial Vladimir Herzog - a dois ícones do jornalismo nacional: Alberto Dines, que completa 60 anos de carreira, e Lúcio Flávio Pinto, que faz sozinho o Jornal Pessoal há 25 anos.
Após a entrega dos prêmios ocorreu um coquetel de encerramento, onde estudantes e jornalistas tiveram a oportunidade de entrevistar os vencedores e prestigiar a memória de Herzog.
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