Com a expansão recente na frota, o programa da prefeitura atinge cada vez mais bairros de São Paulo
Por: Cristian Drovas
O acervo disponível conta desde literatura adulta a quadrinhos. Foto: Banco de Imagens |
O projeto Ônibus Biblioteca foi expandido recentemente, com a Agenda 2012 da Prefeitura de São Paulo. Em março de 2012, a frota foi ampliada para 12 veículos atuando nas quatro regiões da cidade em áreas periféricas.
Criado a partir da ideia de Mário de Andrade há mais de 70 anos, o Ônibus-Biblioteca circula em pontos estratégicos da cidade de São Paulo com um acervo de literário infantil, juvenil, adultas, quadrinhos, gibis e revistas para os interessados. Em 2008, com a renovação do projeto, o Ônibus-Biblioteca foi vencedor do Prêmio Viva Leitura, na categoria Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias.
Estima-se que os ônibus tenham 180 leitores por dia. Foto: Divulgação |
João Batista de Assis Neto, Coordenador dos Serviços de Extensão da Secretaria de Cultura e bibliotecário no ônibus desde 2009, comenta como se envolveu com o projeto. “Havia outros departamentos e outras bibliotecas, mas a ideia de Mario de Andrade, idealizador do projeto em 1935, me tocou profundamente: levar a biblioteca até o povo. (...) Hoje coordeno os Serviços de Extensão da Secretaria Municipal de Cultura que incluem: os Ônibus-Biblioteca, os Bosques da Leitura, as Caixas-Estantes e a Feira de Troca de Livros e Gibis. Ah, e sou feliz com o que faço.”
Quando questionado sobre as dificuldades socioeconômicas na formação da cultura, João enfatiza: “As pessoas confirmam a importância da leitura na vida, mas elas não leem. Universitários se agarram em apostilas xerocadas, de conhecimento picado de outros autores, mais técnicos, e não se deliciam com um bom romance, conto ou crônica etc. O leitor não nasce pronto, ele é construído. (...) Vale a pena tratar o livro como objeto cultural, sempre.” Ele ainda destacou sua iniciativa de expansão para a cidade de São Paulo: “Havia somente 04 veículos. Hoje são doze, circulando nas quatro regiões, em áreas periféricas, desprovidas de equipamentos culturais. Aumentar o número de ônibus, o que incidiria mais locais de atendimento, de um serviço que está cumprindo, e bem, uma política cultural, deveria ser meta de qualquer administração. Como se está no início de uma nova administração, e já há reconhecimento da importância desse serviço à população, de qualquer região (Norte, Sul, Leste e Oeste), ainda não se definiu prioridades. Definirão, brevemente; acreditamos” finalizou.
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