30 de nov. de 2011

Obras seguem com atraso, mas construtora garante um novo prazo

Complexo alvinegro que será palco de abertura da Copa, traz oportunidades de emprego para moradores da região
    
Por Adriana Nascimento e Juliana Veloso

Obras do estádio
Foto: Juliana Veloso
Após inúmeros processos burocráticos junto a prefeitura e ao próprio clube, o Fielzão, futuro estádio do Corinthians teve suas obras iniciadas no fim do mês de maio deste ano. Uma equipe com cerca de 500 trabalhadores esta se empenhando para que o complexo seja concluido dentro do prazo divulgado pela construtora. A nova previsão para o fim da obra do estádio de Itaquera é para Fevereiro de 2014.

O sonho alvinegro de sediar a abertura da Copa de 2014 demonstra ser uma preocupação, pois até o momento cerca de 13% da obra foi concluida, bem menos quando comparada com as obras das Olímpiadas de 2016.

“Quando o assunto é infraestrutura o país deixa a desejar"
Foto: Juliana Veloso
Outro aspecto que também vem causando preocupações para a FIFA devido ao atraso, são os aeroportos. Nove de oito que estão dentro do cronograma para o Mundial de 2014 terão suas obras iniciadas somente a partir de 2012. “Quando o assunto é infraestrutura o país deixa a desejar. Não estamos prontos ainda, mas espero que até o mundial isso mude”, declara Ricardo Chialastre, 67 anos, conselheiro vitalício do Corinthians. “A prefeitura atual cedeu alguns impostos para a zona leste justamente com o intuito de incentivar a obra e beneficiar os moradores da região”, afirma Chialastre, referindo-se ao incentivo fiscal de cerca de R$420 milhões que a atual prefeitura concedeu para as obras do complexo.

Morador do bairro de Itaquera, o garoto Pedro Salomão, 15 anos, tem uma visão privilegiada do futuro estádio. Desde então, o jovem decidiu acompanhar o andamento das obras através de um blog, que transmiti ao vivo cada etapa concluida.O menino tem plena convicção  de que o complexo estará pronto para a abertura do evento.

Obras oferecerão novos empregos
Foto: Juliana Veloso
Sucesso entre os torcedores, o blog já chegou a ter 70 mil acessos num único dia e desperta interesse de pessoas não só do Brasil, mas de todo o mundo. César Carlos Souza, amigo de Pedro com conhecimento de internet é quem ajudou o garoto a colocar em prática sua ideia. “Tenho parentes em outros estados, quando começamos a filmar a obra eles mal podiam acreditar”, revela o jovem.
    
Em contato com a construtora Odebrecht, a mesma não se pronunciou a respeito do atraso, mas emitiu com uma nota que informa dados atualizados sobre a obra e também a respeito do Programa Acreditar, que foi desenvolvido pela construtora com o intuito de qualificar mão de obra para a construção na Zona leste.

No dia 17 de outubro as aulas do programa foram iniciadas, aonde participam 20 alunos do curso de ajudante de produção para a construção civil e 16 do curso de carpintaria, ministradas por professores do Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria/Itaquera.  O programa é realizado em parceria com a Prefeitura de São Paulo, tendo em vista o aproveitamento dos formandos nas obras do novo estádio do Corinthians, preferencialmente.

Mano Menezes desaprova ordem dos locais onde a seleção jogará em 2014

Mano Menezes enfatiza que seleção só poderá jogar no Rio, se chegar à final da copa

O atual técnico da seleção brasileira de futebol, Mano Menezes, mostrou-se descontente com a tabela de jogos do Brasil na Copa do Mundo de 2014, em uma coletiva de imprensa. Visivelmente bem-humorado, ele verificou que a seleção pode não jogar na cidade do Rio de Janeiro, caso não chegue à final do torneio. Mesmo com a contrariedade, reiterou aos presentes que quem determinará a tabela é o time e seu bom desempenho, apostando em uma boa recepção por todas as cidades que a delegação passar.

Fontes: Jornal Placar, Lance Net e Gazeta Esportiva


Segundo presidente, Brasil já pode contribuir com FMI

A presidente Dilma Rousseff afirmou em um discurso de abertura ao G20, na França, que o Brasil já está pronto para contribuir com o FMI (Fundo Monetário Internacional), com o objetivo de auxiliar a Europa na atual situação de crise financeira. Dilma falou também sobre a inclusão de aproximadamente 40 milhões de pessoas na classe média e investimentos sociais como medidas anticrise.

Fontes: Terra, G1 e Estadão

29 de nov. de 2011

País deve aumentar de 5 para 8,29% do PIB em investimentos na educação

Projeto de lei definirá 20 metas educacionais que o país deverá atingir até a próxima década
Foto: Banco de imagens

O Plano Nacional de Educação (PNE) vai apresentar na próxima semana um relatório na Câmara, que estabelece que o país precisa aumentar o investimento público na educação de 5% para 8,29% do PIB (Produto Interno Bruto). O relatório apresenta 20 metas educacionais que o país deve alcançar nos próximos dez anos.

Fontes: Terra, UOL e Hoje Noticias

Museu em São Paulo mostra momentos históricos da maior paixão nacional

Localizado no estádio do Pacaembu, o Museu do Futebol atrai a atenção de pessoas comuns e torcedores

Por Bruno Dionisio, Danilo Cardoso e Laís Carvalho

Desde sua inauguração no ano de 2008, o Museu do Futebol vem chamando a atenção de torcedores e de pessoas que não são muito chegadas ao esporte.
Corredor em 3D mostra a história do futebol
Foto: Assessoria do Museu

Por meio de fotos, pertences de jogadores e narrações de grandes locutores, o espaço conta a história do futebol no nosso país e como ele transformou o nosso modo de viver.

“É uma experiência nova e abrangente”, analisa o instrutor Paulo Carvalho, do projeto Jogos da Cidade, comandado pela subprefeitura do Campo Limpo. Segundo Carvalho, o Museu chama a atenção dos visitantes por ser um projeto visionário, que se utiliza de materiais sustentáveis e vídeos ilustrativos para falar por que o futebol é tão querido pelos brasileiros.

A professora de Educação Física Elizabeth Ruiz afirma que o espaço é bem distribuído e criativo, porém sentiu falta de instrutores para organizar os visitantes em pequenos grupos. 

Atualmente, o espaço recebe em média 1. 500 pessoas por dia, e no mês de abril desse ano ultrapassou a marca de 1 milhão de visitantes em 2 anos e 6 meses de funcionamento. Esse número expressivo motiva a todos, inclusive os funcionários do Museu. “É uma experiência fascinante. O futebol, como jogo, é um dos nossos assuntos diários, mas também é uma ‘desculpa’ para aprendermos sobre assuntos tão diversos quanto arquitetura e sociologia, por exemplo”, relata Eduardo Lemos, assistente de comunicação do local.

Painel ilustrativo dos jogadores
Foto: Assessoria do Museu
Além dos objetos permanentes, o Museu também realiza exposições temporárias de grande repercussão. “O objetivo é aprofundar alguns temas que estão na exposição de longa duração, como foi o caso da exposição ‘Copas do Mundo de A a Z’, em 2010, ou de abordar assuntos que não são apresentados em nenhuma de nossas salas, caso de ‘Olhar com Outro Olhar’, nossa última exposição, que tratava do futebol de 5 esporte praticado por cegos”, diz Lemos.

O Museu do Futebol não é dedicado apenas aos torcedores do esporte, ele é aberto a todos os públicos, inclusive para aqueles que gostam de história, que têm curiosidade em saber como as transformações sociais e culturais mudaram o nosso país nesse novo século. “O Museu, portanto, fala para todos os públicos. Aqueles que gostam do esporte vão descobrir histórias incríveis e se emocionar com as instalações, e, para os que não são fãs de futebol, terão a oportunidade de conhecer mais sobre o Brasil, seu povo e seus costumes e entender por que o futebol está tão impresso no dia a dia dos brasileiros”, completa Lemos. 


Entrada do estádio Paulo Machado de Carvalho
Foto: Assessoria do Museu


Museu do Futebol
Estádio do Pacaembu
Funcionamento: de a terça a domingo, das 9 às 17 horas.

Telefone: 0xx11 - 3664-3848

O inferno com hora marcada

O Metrô tem serviço precário e é extremamente lotado em horários de pico, causando desconforto e acidentes

Por Bianca Castilho e Vasco Guimarães

Linha vermelha do Metrô de São Paulo
Foto: Divulgação
O Metrô de São Paulo é o melhor Metrô das Américas, de acordo com a The Metros, principal premiação do setor metroviário no mundo.

O júri escolheu o Metrô de São Paulo pelos seguintes critérios: cobertura da rede, integração com outros sistemas de transportes, frequência, eficiência e segurança dos serviços, níveis de serviço ao cliente, avaliação do serviço e do preço pelo cliente, acessibilidade, segurança pública e operacional, altos níveis de confiabilidade e padrão de desempenho, inovação tecnológica, considerações e contribuições ambientais.

Utilizando o Metrô no dia a dia, não se nota esta excelência. Nota-se que o sistema de transportes hiperlotado, com atrasos e falhas no serviço, criando um ambiente, nas horas de pico, onde inúmeros usuários passam mal ou se acidentam.

Quando Felipe Fabrette, 21 anos,animador, chegou a São Paulo pela primeira vez, foi utilizar o Metrô e viveu uma cena de filmes de terror. “Eu estava no Metrô da Sé, que, para variar, estava absurdamente lotado. Aí, naquele empurra-empurra, uma senhora caiu no vão do metrô.As pessoas tentaram puxá-la, mas o metrô já estava vindo e não dava para frear,  levando  embora a parte de baixo do corpo dela. Deu um último grito e morreu. Foi horrivel!”

Mirtes Rodrigues, 65 anos, evita usaro meio de transporte quando pode. Ela tem pressão baixa e, devido à aglomeração e a quantidade de pessoas nos vagões, sempre tem princípios de desmaio no Metrô.
Confusão para entrar no metrô
Foto: Divulgação
A psicóloga Rosane Ortega, usa uma espécie de terapia de exposição em pacientes com fobia de contato ou limitações sociais, levando para um “passeio”no Metrô, o que os obrigaria a enfrentar estas limitações, e assim superá-las.

“O ser humano ocupa um espaço que é só seu, sua zona de conforto, e para que esse espaço possa ser partilhado é necessário que seja permitido, e isso só ocorre quando conhecemos a outra pessoa e consentimos com esta aproximação.”. explica a psicóloga.


Segundo Rosana, quando estamos em um meio de transporte normalmente ocorre uma “invasão” desse espaço pessoal e isso nos incomoda, pois nos centros urbanos o crescimento populacional gera este desconforto e causa sintomas como mal estar, suores, aflições, tonturas, boca seca e deve-se respirar fundo para continuar o dia a dia.

Nova grade do Ensino Médio deve entrar em vigor a partir de 2012

Visando qualificar melhor o estudante, medida será implantada nas escolas públicas e privadas

Por Elizabeth Costa e Fernanda Ricardo 

A determinação, proposta inicialmente pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e que aguarda a sanção do ministro da Educação, Fernando Haddad, deve trazer mudanças nas escolas públicas e privadas de todo o país. As novas diretrizes pretendem conferir mais autonomia e flexibilidade às instituições de ensino na definição da grade curricular para o ensino médio.

Na prática, cada escola pode optar entre manter a grade curricular tradicional e a montagem do projeto político-pedagógico a partir de quatro áreas de atuação - ciência, tecnologia, cultura e trabalho. Por meio de um diálogo entre o corpo docente, alunos, rede de ensino e as comunidades locais, cada instituição escolheria a sua vocação. Ou seja, há a autonomia de dosar a grade horária como preferir, de acordo com o gosto e a necessidade. “Essa mudança do currículo é necessária. Na medida em que o aluno  do 3º ano opta pela a área que quer seguir, fica direcionado para as matérias de que gosta mais, aumentando o interesse pelos estudos”, relata Silvia Parra, professora de Português.

Esta resolução visa, dentre outras questões, a diminuir os altos índices de evasão encontrados principalmente nesta fase da vida escolar. Uma pesquisa apresentada pela Fundação Getúlio Vargas, em abril deste ano, mostrou que o principal motivo que leva o jovem brasileiro a abandonar os estudos é a falta de interesse pela escola. O estudo revelou que 40% dos jovens de 15 a 17 anos que evadem deixam de estudar porque acreditam que a escola é desinteressante. “Falta algo que te chame para estudar. Aulas práticas, por exemplo, atraem mais a atenção porque são diferentes. Quando o professor te mostra como aquilo funciona, você aprende de verdade”, comenta Ricardo Garrido, 17 anos.

Para Gil Fernandes, a nova matriz da grade curricular para o 3º é uma forma dos alunos escolherem o seu caminho.
Foto: Elizabeth Costa
Outra mudança a ser estimulada é a flexibilidade do currículo: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo aluno. Segundo Gil Fernandes, coordenadora pedagógica do Ensino Médio em uma escola estadual da zona leste, se o aluno for escolher as matérias isso dependerá da demanda de professores da rede estadual. “Um exemplo é que na área de biológicas tem poucos professores, então tudo dependerá de uma adaptação” conclui.

O texto também prevê o aumento da carga horária mínima do ensino médio - de 2,4 mil horas anuais para 3 mil - além do foco na leitura, que deve perpassar todos os campos do conhecimento. A proposta ainda estimula experiências que instiguem a participação social dos alunos, além do desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e de preparação para o mundo do trabalho.

Além disso, os estabelecimentos terão autonomia para aumentar o período letivo no turno da noite, dando mais tempo aos alunos para concluir os estudos. “Acho fundamental os alunos, principalmente do período noturno, terem mais tempo para terminar os estudos”, comenta Maria do Carmo, mãe de um aluno do ensino médio, período noturno. A proposta foi estudada por oito meses pelo Conselho, a última revisão dessas diretrizes foi feita em 1998, há 13 anos. A alteração da grade curricular é baseada na resolução nº 191/2011 e deverá ser implementada até o final de 2011 no currículo do Ensino Médio. 
 

Faxineira danifica obra de arte ao tentar limpá-la

Intenção da empregada era remover 'mancha' que existia na obra
Foto: Divulgação
A direção do Museu Ostwald de Dortmund, que fica no oeste da Alemanha, informou nesta quinta-feira (10) que uma funcionária da limpeza deteriorou parcialmente e de maneira irreparável uma obra do artista germânico Martin Kippenberger (1953-1997). A peça integra o acervo permanente da instituição e é composta por uma torre de pranchas de madeira em cuja base há um recipiente de borracha com uma grande mancha de cal branca. 

Fontes: Veja, G1 e Uol.


Inadimplência de famílias paulistanas é a menor desde 2004

Segundo pesquisa da PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência), o número de famílias paulistanas com contas em atraso caiu cerca de 1,3 ponto percentual em outubro. Hoje, a faixa de paulistanos com o nome sujo é a menor desde 2004. O estudo aponta que o grande vilão das dívidas é o cartão de crédito, que é mais oferecido entre as classes C, D e E.

Fonte: G1, R7 e O Estado de S.Paulo

28 de nov. de 2011

Brasil avança no IDH e alcança 84º lugar no ranking

O Brasil ocupa o 84º lugar no ranking do índice de desenvolvimento humano (IDH) em uma lista onde existem 187 países, de acordo com relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). O índice considera três aspectos - renda, saúde e educação - e varia de 0 a 1. Em onze anos, o Brasil passou de 0,665 a 0,718. Em 1º lugar no ranking está a Noruega.

Fontes: Veja, Infomoney e Folha

Multas de trânsito agora “sujam” o nome do cidadão Paulistano

Motoristas com multas em atraso devem se preocupar ainda mais
Foto: Banco de imagens

Multas de trânsito em atraso geram restrição no nome.Foram publicados no Diário Oficial de São Paulo os três primeiros inscritos no cadastro de inadimplentes (CADIN).As dívidas de multas serão protestadas pela prefeitura. O objetivo do governo é que seja feita uma “força-tarefa” para combater a inadimplência na cidade. Outras infrações também podem sujar o nome do contribuinte. A prefeitura tem hoje 2 milhões de multas em atraso, que totalizam cerca de R$ 490 milhões.  

Fontes: Terra, Estadão e Agenciat1


25 de nov. de 2011

Presidente pode reajustar o salário mínimo por decreto

O STF (Superior Tribunal Federal) sancionou a lei que garante à chefe do Executivo – Presidente da República – o poder de aumentar o salário mínimo por meio do decreto presidencial, descartando a necessidade de aprovação da lei pelo Legislativo. O valor do reajuste deve se basear no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: Folha Online, Terra, UOL Notícias

Aldo Rebelo assume Ministério do Esporte e defende Orlando Silva

O novo ministro do esporte, Aldo Rebelo (PC do B), assumiu nessa última segunda-feira (31) o Ministério do Esporte, após Orlando Silva deixar a pasta em decorrência das denúncias de corrupção nos repasses de dinheiro público do programa Segundo Tempo. Em seu discurso de posse, Rebelo rebateu as acusações ao seu antecessor e companheiro de partido, elogiando-o e afirmando sua inocência no escândalo.

Fontes: Revista Época, UOL e Portal da Copa 2014

Segunda Fatec da Zona Leste é inaugurada no Tatuapé

O governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab inauguraram oficialmente a unidade da Fatec Victor Civita, uma homenagem ao fundador do grupo Abril. Entre os ambientes estão 24 salas de aula, quatro laboratórios, auditório com 195 lugares e dez salas administrativas. As aulas tiveram início em agosto deste ano.  Além da Fatec Tatuapé, a capital conta com outras quatro Faculdades de Tecnologia – Ipiranga, São Paulo, Zona Leste e Zona Sul.

Fontes: Gazetanet, Desenvolvimento.Sp e Cadernosp

24 de nov. de 2011

Substância cancerígena de refrigerantes começa a ser reduzida

Marcas devem reduzir substâncias cancerígenas no próximos anos
Foto: Banco de imagens
Um acordo feito entre o Ministério Publico Federal em Mina Gerais e fabricantes de refrigerante determina que, nós próximos cincos anos, a quantidade de benzeno, substancia considerada cancerígena, seja reduzida em bebidas de baixas calorias ou dietéticos cítricos. A Ambev, a Coca-Cola e a Schincariol assinaram o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que indica regular a quantidade máxima de cinco microgramas por litro da substância.

Fontes: Folha de S.Paulo, UOL e Correio do Estado

Avenida Paulista é palco de novos casos de preconceito e homofobia

Agressões continuam ocorrendo com frequência em SP
Foto: Banco de imagens
Três novos casos de preconceito aconteceram na região da Avenida Paulista no mês de novembro. Dois amigos homossexuais, que iam para a estação Ana Rosa do Metrô, foram agredidos, por um homem. Meia hora antes, outro ataque ocorreu. Um homem que mora nas redondezas estava voltando para casa e foi agredido. Ele teve seu braço esquerdo quebrado. O rapaz não é homossexual e considera ter sido confundido com um. Dias depois um turista francês também apanhou e também acha que foi confundido, pois a agressão foi gratuita. 

Fontes: Folha, Estadão e G1

Artista chinês desabafa sobre possível plágio de ganhador do Oscar

Segundo o jornal espanhol La Información, o artista chinês Daniel Lee afirma que os personagens de Avatar, os “na’vi”, são cópias de seus Manimals, criados na década de 90. Lee, que toma cautela sobre o assunto, por temer algum problema com 20th Century Fox, revela que nos EUA há um problema com direitos autorais, não podendo existir denúncia caso tenha ocorrido uma mudança superior a 25%. Algumas de suas obras estão incluídas nos museus de Nova York, Xangai, Taiwan e Paris. 

Fontes: O globo, Iberoamericana e Ultimo segundo.

23 de nov. de 2011

Sisu terá pelo menos 80 mil vagas para universidades federais

SISU cria mais vagas para estudantes nas universidades federais para 2012
Foto: Banco de imagens

O Sistema de Seleção Unificado (Sisu) ofertou aos estudantes que realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 ao menos 80 mil vagas em universidades federais de ensino superior. As instituições que participarão deste processo ainda não foram divulgadas pelo Ministério da Educação (MEC), mas, conforme levantamento realizado pelo iG, das 57 universidades federais, 39 já confirmaram a adesão.

Fontes: Ig, Igeduca e Passenovestibular


Marta Suplicy abdica de candidatura à prefeitura de SP

A senadora Marta Suplicy oficializou, no início do mês, sua saída da disputa para prefeitura de SP no ano que vem. Em comunicado oficial, declarou que se sentiu muito sensibilizada com o pedido de retirada da presidente Dilma e do ex-presidente Lula, e disse ainda que apoiará o candidato que o partido escolher - o atual ministro da educação Fernando Haddad.

Fontes: Folha, Cartacapital e Estadão

Brasil encerra seu melhor desempenho no Pan-Americano fora de casa

Brasil tem seu segundo melhor resultado no ranking de medalhas no Pan
Foto: Banco de imagens

Após alguns sustos, muito esforço e apresentações excelentes, os esportistas brasileiros que participaram dos jogos Pan-Americanos voltaram de Guadalajara, no México, com o melhor resultado de sua história na competição. Apenas ficando atrás do desempenho em 2007, quando o país sediou o evento, a delegação conquistou 141 medalhas (48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes), mesmo em número reduzido e com poucos investimentos.

Fontes: G, Terra e Folha de S.Paulo


22 de nov. de 2011

Projeto abre vagas para estudantes universitários descobrirem SP

O Projeto Oboré, especializado em atividades didáticas com foco em comunicação e artes, surge com uma ótima oportunidade e está com as inscrições abertas até o dia 1 de dezembro para o módulo Descobrir São Paulo – Descobrir-se Repórter. São 20 vagas em aberto para universitários que estejam cursando jornalismo do 1º ao 4º ano em 2012. Entre os temas discutidos pelo módulo, estão meio ambiente, educação, cidadania, tráfego de drogas e segurança pública. As inscrições são feitas gratuitamente no site do Projeto: http://www.obore.com.br/

Fontes: http://catracalivre.folha.uol.com.br, http://www.abraji.org.br

Aumento do preço da cesta básica afeta 13 capitais brasileiras

Preço da cesta básica sobe treze capitais brasileiras
Foto: Banco de imagens

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou, na última terça, a alta do preço da cesta básica no país. Dentre as 17 capitais pesquisadas, 13 sofreram com o aumento. Porém, São Paulo é uma das capitais menos afetadas com tal variação (R$ 266,97), diferente de Porto Alegre, onde a cesta chegou a R$ 277,34. Carne, pão, café e óleo de soja apresentam os preços mais altos. Segundo o Dieese, o salário mínimo para que o brasileiro se mantenha é de R$ 2.329,94.

Fontes: R7, Jornal do Brasil, O Estado de S.Paulo

Empresário nega participação em demissão de humorista

Após polêmica, ex-jogador nega ter envolvimento com demissão de humorista
Foto: Banco de imagens

Ronaldo recusa ter participação na suspensão de Rafinha Bastos do CQC. O ex-jogador e sócio de Marcus Buaiz, marido de Wanessa Camargo nega ter envolvimento com a demissão do humorista. A cantora está processando Bastos por uma declaração em um programa da Band, no mês passado. Em entrevista a Meio e Mensagem Ronaldo disse ser uma “grosseria, e que ele passou dos limites” e aprovou a medida tomada pela emissora. 
Fontes: Estadão e Tribuna da Bahia



No Brasil, o uso da internet cresce mais que na Alemanha

Brasileiros têm crescimento significativo no uso da internet
Foto: Banco de imagens

Uma pesquisa feita no mês de setembro mostra que o uso da internet em locais de trabalho e domicílios cresceu 14%, ficando acima da Alemanha segundo dados do Ibope Nielsen Online. Os dados apontam que a velocidade da conexão dos brasileiros aumentou no mês, com mais de 512 Kbps. Neste segundo trimestre de 2011, o número de acessos a internet no Brasil passou para 77 milhões. Os Estados Unidos e Japão continuam na liderança da rede com mais usuários ativos.

Fontes: UOL, Correiodobrasil e Oglobo




16 de nov. de 2011

Cresce o interesse dos jovens em colocar piercing na língua e joias nos dentes

A odontologia está cada vez mais preparada para atender determinados tipos de tratamentos destinados aos adolescentes

Por Carolina Campos, José Roberto Pessoto e Roberta Chamorro
  
Piercing na língua
Foto: Carolina Campos
A preocupação estética, muito presente na fase da adolescência, leva uma grande porcentagem de jovens a consultórios odontológicos. A cada dia aumenta o interesse por colocar joias nos dentes e cuidar de seus piercings na língua.

Para explicar sobre o risco de infecções e fraturas dentárias que esses acessórios podem ocasionar, surge um novo olhar da odontologia. Profissionais estão se preparando em cursos de especialização e aperfeiçoamentos específicos. Há uma grande demanda de dentistas especializados na Odontohebiatria, área destinada ao tratamento de adolescentes. Essa especialidade ainda não é reconhecida, conforme o Conselho Federal de Odontologia (CFO), mas tem se tornado popular entre os jovens.

Os adolescentes representam um público diferenciado e o profissional precisa estar atento, desvendando a causa de muitos problemas da juventude. Eles requerem a todo instante explicações dos prós e contras das suas atitudes, inclusive quando chegam ao consultório dentário. É necessária a orientação correta, tanto sobre os procedimentos quanto sobre a utilização de materiais.

Renato Nilo Santos Misson, dentista com especialização em implantodontia e prótese, ressaltou que 40% dos seus pacientes são jovens, e o principal motivo que leva o adolescente a um consultório dentário é a preocupação com a estética.

Misson frequenta cursos focados para atendimento aos adolescentes. “Por ser uma fase marcada por várias transformações no indivíduo, o dentista tem que estar atento para poder prestar o devido atendimento, orientar os jovens na alimentação e higienização bucal, devido à mudança de perfil entre a infância e a adolescência”, diz Misson.

Renato Nilo Santos Misson, em seu consultório
Foto: Carolina Cmapos
De acordo com o dentista, o diálogo franco faz parte de um bom entendimento. ”Uso dinâmicas diretas. Aconselho meus pacientes a nunca colocarem piercing na língua. Os piercings podem ocasionar, na pior das hipóteses, tumores na região”, orienta. 

Para Alan Zenetti, 28 anos estudante de Publicidade, tirar o piercing da língua foi necessário. “Comecei a sentir que minha dicção estava sendo prejudicada”, afirma.

Maíra Vargas, 22 anos estudante de Artes Cênicas, tem piercing na língua há três anos. Para ela o piercing não causou problemas. “Não tive nenhum problema com ele. Doeu para fazer, mas hoje em dia até esqueço que tenho”, disse.

Já sobre as joias nos dentes, o especialista disse que não há contra indicações, mas enfatiza que as joias devem ser bem colocadas e devem ser de metais nobres.

“Esclarecer os riscos que podem ocorrer na colocação de piercing na língua e joias nos dentes, explicar os cuidados que devem ter após o procedimento é fundamental para saúde desse público”, afirma Misson.

Misson ainda faz questão de abordar o assunto drogas. “Pode ocorrer a interação medicamentosa, ou seja, um remédio perde efeito sobre o outro. Avisar qual tipo de droga foi consumida antes de qualquer procedimento médico ou odontológico pode evitar problemas indesejáveis”.

14 de nov. de 2011

Entrevista: Sérgio de Azevedo, coordenador do projeto Viva Arte Viva

Por Diego Motoda

Aos 36 anos de idade, Sérgio de Azevedo surpreende pela sua bagagem cultural. Hoje coordenador do projeto Viva Arte Viva, que há dez anos é referência em ações sócio-culturais, o diretor já fez parte do mundo das ciências exatas, cursando matemática na Universidade de São Paulo (USP). Sempre quis ser professor, então juntou esta vontade com o interesse que tinha pelo teatro, desistiu da matemática e mergulhou na carreira artística. Hoje em dia, atua na Fundação das Artes de São Caetano do Sul como diretor, produtor e professor, além de já ter trabalhador como iluminador e ter atuado em diversas peças. Prefere a direção. Já esteve a frente de espetáculos importantes como “Hugo, os imaginários e a cidade do medo” e, atualmente, “Arritmia”. Para falar sobre sua carreira, suas dificuldades, o projeto Viva Arte Viva e sobre seus trabalhos, Sérgio de Azevedo nos concedeu uma interessante entrevista que você confere a seguir.


"Teatro não é para ser igual à vida, mas sim,
algo que te incentive a pensar sobre ela"
Foto: Diego


Agência Hipertertexto: No começo da sua carreira, você teve apoio da sua família?

Azevedo: Meu pai nunca gostou. Ele achava bacana quando eu era adolescente, ir para desinibir, mas nunca como opção de profissão. Ele era da geração que achava o filho teria que ser ferramenteiro, trabalhar na montadora, assim como ele. Já minha mãe sempre dizia “Faz o que você quiser. Você gosta? Então vai lá e faz”.

Agência Hipertexto: E hoje, com a carreira já consolidada, você recebe esse incentivo da sua família?

Azevedo: Eu tenho meu carro, minha casa e vivo dessa atividade. O reconhecimento vem do resultado que esta atividade proporciona e não do trabalho artístico em si. Não faz parte da cultura deles frequentar atividades artísticas, eles só comparecem ás minhas peças por ser da família.

Agência Hipertexto: Nós sabemos que a carreira artística nem sempre é muito lucrativa. Você já passou por alguma dificuldade em sua carreira?

Azevedo: Não, nunca passei por dificuldade, mas sou caso de exceção. Por ser um profissional concursado e trabalhar em uma fundação, consigo desenvolver trabalhos como diretor, produtor e professor. Agora, se eu fosse depender especificamente do trabalho como artista, fora desse contexto de registro, certamente eu teria dificuldades. Mas também é lenda dizer que todo artista morre de fome, pois existem salários de artistas maiores do que de outros segmentos da sociedade.

Agência Hipertexto: E a que razão você atribui essa desvalorização da carreira artística?

Azevedo: Se você quer ser médico, precisa ter uma formação básica, passar por tantas horas de estágio e precisa de um órgão que regulamente a prática da profissão. Além disso, você precisa também de reconhecimento da sociedade. No teatro você não tem nada disso: nós não temos uma formação padrão, não temos um órgão que nos represente e não temos o reconhecimento da sociedade.

Agência Hipertexto: Os seus trabalhos “O capeta em Caruaru” e o mais recente “Arritmia”, são ambientados em cenários regionalistas que lembram o nordeste brasileiro. Você tem afinidade com o tema?

Azevedo: Não. Nós escolhemos ambientar a peça em um lugar pessoal, onde as pessoas não necessariamente se falam, mas se conhecem e conhecem a vida e as tragédias de cada um. Nós queríamos descontextualizar de um tempo muito recente de um grande centro urbano, onde as pessoas mal conhecem seus vizinhos de andar. Não nos preocupamos em situar uma data histórica, nem um período histórico e nem um lugar específico.

Agência Hipertexto: Você acha que o regionalismo é uma forma de valorização da cultura nacional?

Azevedo: No ponto de vista macro, o regionalismo não representa a população como todo: eu acho que a expressão cultural é muito maior do que isso.

Agência Hipertexto: Esta nova peça, Arritmia, ela é feita em um formato diferente: em duas partes. Por que essa divisão?

Azevedo: Foi uma decorrência de quando a gente optou trabalhar com quatro textos, ou seja, uma história muito longa. O motivo foi que como nós não tínhamos uma infra-estrutura adequada para dar conforto ao público durante três horas e meia; ia ficar cansativo assistir à peça.

Agência Hipertexto: E essa aproximação com o publico?

Azevedo: São vários motivos, o primeiro é a proximidade: é um ator que esta atuando de uma forma muito mais próxima de um público muito mais próximo; tem a relação de mais cumplicidade, de olhar. O segundo é que tem a parede de vidro, que traz uma relação direta com espaço da rua. Apesar de ser um ambiente poético, de construção de linguagem, ao mesmo tempo você vê a realidade logo a sua frente.

Agência Hipertexto: Os cursos da fundação das artes sempre foram voltados á formação técnica artística de seus alunos. Já o projeto Viva Arte Viva visa não somente isso, mas também o desenvolvimento social deles. Por que a mudança?

Azevedo: Isso tem a ver com a gestão de políticas públicas. Quando você pensa em pessoas que procuram por um curso de teatro, vai ter aquelas que estão interessadas em se profissionalizar e aquelas que só querem melhorar a expressividade, desenvolver a articulação da linguagem e se desinibir. Além disso, o projeto começa a propiciar mais espaço para que a pessoa se desenvolva socio-culturalmente. Ou seja, a partir de que começam no curso, as pessoas começam a se interessar mais pelo teatro e por atividades artísticas em geral. Elas começam a frequentar esses ambientes e isso faz com que elas se desenvolvam como cidadãos, independentemente se serão profissionais ou não.

Agência Hipertexto: E o que motivou vocês a atenderem também o público adulto no projeto?

Azevedo: No começo, alguns pais tinham muita dificuldade em compreender a proposta pedagógica do projeto. Eles nos questionavam muito sobre o desenvolvimento de seus filhos; alguns perguntavam “Quando meu filho vai fazer testes para comerciais” ou “Quando eu vou começar a ganhar dinheiro com a carreira profissional do meu filho”, e esse nunca foi o objetivo do projeto. Foi aí que a gente pensou: “Por que não oferecer turmas para os pais dos alunos, para que eles compreendam o teatro fazendo teatro”. Criamos o projeto e tudo tem sido muito bacana.

Agência Hipertexto: Você acha que quando pais e filhos fazem o curso de teatro, melhora a relação entre eles?

Azevedo: Sim, não vou dizer que melhora a relação, mas cria mais aproximação, cria diálogo, uma coisa que hoje não se tem mais na sociedade; cada um no seu quarto, com a sua TV, seu vídeo-game, com sua internet, com seu computador. Além disso, agente tinha uma imagem muito forte desde o começo que era: o pai vinha assistir o filho em uma apresentação; como seria inverter a relação? Como seria se, um dia, este filho viesse ver o pai em uma apresentação? E o mais legal é que hoje nós já temos uma inversão. Os pais vêm primeiro fazer o curso, gostam, para depois incentivarem os filhos a fazerem o curso também.

Agência Hipertexto: Quando Gerald Thomas desistiu do teatro, ele afirmou que a razão disso era que este não tem competitividade com novas tecnologias como o Iphone e o Ipad. Você concorda com o que ele disse?

Azevedo: Eu acredito que a relação entre artista e público seja uma relação de comunicação. Se você sabe se comunicar a partir da linguagem teatral, seja quem for a pessoa, ela vai se interessar. Claro, alguns vão ter mais dificuldades: Não conhecem o vocabulário, a dinâmica teatral ou mesmo nunca foram ao teatro; talvez sintam dificuldades em ver aquela estrutura posta, sem a possibilidade de abrir janelas e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Mas se o espetáculo for bom, se conseguir tocar essas pessoas em algum aspecto importante enquanto cidadãos, enquanto seres humanos, elas vão gostar; mas se não for bom, elas vão achar chato e nunca mais vão voltar.

Agência Hipertexto: Você acha que essa geração tem mais a oferecer do que os famosos “tweets”?

Azevedo: Eu acho que cada geração enfrenta os seus próprios problemas, os seus próprios conflitos. O dilema dessa geração é que tudo tem que ser rápido, tudo tem que ser curto; eles não vivem o momento presente, eles não conseguem se concentrar em uma só coisa. A medida que essa geração cruzar no mercado de trabalho, na sociedade, com pessoas que pensam de outra forma, vão surgir conflitos. E desses conflitos podem resultar tanto coisas trágicas como coisas muito legais.

Agência Hipertexto: Hoje o projeto Viva Arte Viva é referência em projetos sócio-culturais. A que você deve esse reconhecimento?

Azevedo: Há uma série de coisas. A primeira delas é a autonomia: a equipe sempre teve muita liberdade para decidir o que era melhor para o programa e para os alunos. O segundo aspecto que levou a isso é que o grupo é o gestor do seu próprio projeto. Claro, a gente responde a uma série de instâncias: Secretaria da Cultura, a Fundação das Artes; fazemos prestação de contas, de atendimento e aplicação de recursos entre outros. Mas quem define o projeto pedagógico e a forma de aplicação disso é a própria equipe e sua própria prática. E o terceiro aspecto é que ele é calcado em um projeto pedagógico teatral/ artístico. Nós não buscamos referências em uma pedagogia externa. Eu acho isso muito bacana e acho que o projeto é referência por causa disso.

Agência Hipertexto: A sua peça “Hugo, os imaginários e a cidade do medo” ganhou o PROAC - na época PAC (Programa de Ação Cultural), e logo depois concorreu ao prêmio FEMSA na categoria de melhor texto. Qual foi a importância desse programa para que vocês concorressem ao prêmio?

Azevedo: Esses editais de incentivo foram fundamentais para oferecer e prover recursos que não tínhamos na época. Nos proporcionou mais infra estrutura técnica, mais profissionais envolvidos e também nos proporcionou que fizéssemos a pesquisa que já estávamos desenvolvendo. Isso tudo nos ajudou a fazer uma melhor elaboração do texto e ganhar prêmio.

Agência Hipertexto: E você acha que faltam mais programas de incentivo como este?

Azevedo: Sim, eles são escassos e parcos para a demanda que têm. Mas, eu não acho que só falta incentivo e prêmios de produção para os artistas. Não adianta investir somente em editais de prêmios de produção, se não há a formação de cidadãos que se interessem em assistir teatro. E falta também a sociedade, de fato, assumir um pacto de que a cultura é algo importante. De que não faz sentido que determinadas linhas de ônibus não circulem aos fins de semana, se são só nestes dias que eu tenho a possibilidade de ir a um evento cultural. Mas o ônibus só é pensado para me levar de casa para o trabalho e do trabalho para casa. É preciso haver mudanças na Secretaria de Transporte, de Saúde, de Educação e não só nas áreas ditas culturais.

Agência Hipertexto: Existem escolas que formam atores exclusivamente para determinadas emissoras. Você acha que essas instituições criam atores e estilos de atuação estereotipados?

Azevedo: Eu vejo muito pouco TV, e o pouco que eu vejo, percebo que às vezes você tem um estilo de atuação que pode-se dizer que é clichê, estereotipado ou superficial. Mas, eu não acho que isso seja um problema do veiculo, é um problema do sistema no qual ele está inserido. Além disso, há um desinteresse por quem quer fazer TV de ter formação. Se eu posso fazer um curso de um, um ano e meio, me profissionalizar na área, tirar meu DRT e já começar a fazer um teste atrás do outro até conseguir um comercial ou uma novela, quanto mais rápido melhor. Ou seja, as pessoas não estão mais interessadas em formação; elas estão interessadas em rápida inserção.

Agência Hipertexto: Só para finalizar, o que o teatro é para você?

Azevedo: Vou usar uma frase que eu adoro usar toda vez que me perguntam isso. Não é uma frase minha, mas é de alguém que eu gosto muito, que é o Peter Brooke: “teatro é a vida com a frouxidão removida”. Para mim, o teatro é isso. É querer ser alguém além da realidade. Porque teatro não é para ser igual à vida, mas sim, algo que te incentive a pensar sobre ela.

10 de nov. de 2011

Julgamentos são decididos via e-mail

Charge: Gustavo Lima

O Tribunal de Justiça de São Paulo adotou um novo método para os julgamentos. Agora, eles serão feitos pela internet. Com os chamados “julgamentos virtuais”, os magistrados não precisam mais se reunir, como era feito antigamente. Os votos são enviados via e-mail para os desembargadores fazerem a contagem e preparar a sentença. A nova medida entrou em vigor no dia 24 de setembro, e está em processo de ajustes técnicos. 

Fontes: Folha, Advivo e Terra


Em 2012, inseticida contra mosquito da dengue deve chegar ao país

Inseticida prevê diminuição nos casos de dengue no país
Foto: Banco de imagens
Para combater o mosquito da dengue no próximo verão, foi criado um bioinseticida. O presidente da FIOCRUZ (Fundação Oswaldo Cruz), Paulo Gadelha, afirma que o produto foi criado através de bactérias Bacillus thuringiensis e Bacillus sphaerius, localizadas em solo brasileiro e guardadas no laboratório Farmanguinhos, unidade da FIOCRUZ. Com formato de pastilha ou comprimido, o produto, com duas formulações diferentes, poderá ser usado em casas, caixas d’água, piscinas e lagos e assim diminuindo a incidência de casos de dengue no país.

Fontes: UOL, Oimparcial e Metropole1070

9 de nov. de 2011

Nova marcha contra a corrupção acontece em novembro no Masp

O Masp é um dos espaços mais utilizados para manifestações
Foto: Banco de imagens

Iniciada em 7 de setembro, a manifestação está reunindo mais pessoas para o feriado da Proclamação da República, 15 de novembro, no vão do Masp, em São Paulo. A marcha foi organizada por meio das redes sociais e tem como protesto maior a aplicação da Lei da Ficha Limpa, a partir da próximo eleição, em 2012. Dessa vez, manifestantes estão planejando acampar na madrugada do dia 14 para o dia 15, como forma de protesto.

Fontes: Estadão, Terra e Veja


Brasil lidera ranking de universidades latinas com USP

Segundo um estudo divulgado pelo QS (Quacquarelli Symonds), do Reino Unido, na última terça-feira, 4, o Brasil é o líder do ranking de universidades latino-americanas com a Universidade de São Paulo (USP). Entre as dez primeiras posições do ranking, três são brasileiras, contando também a Unicamp e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Autores do estudo destacaram, ainda, que nos últimos dez anos o número de matrículas universitárias triplicou no Brasil.

Fontes: Folha, Estadão e G1

Lei aprovada: discriminação a portadores do vírus HIV agora é crime

Portadores de HIV não podem ser discriminados
Foto: Banco de imagens

Lei que pune discriminação a soropositivos é aprovada no Congresso. A proposta constitui em punir com reclusão de um a quatro anos ou multa qualquer pessoa que tiver atos discriminatórios contra portadores do HIV. Para os representantes das pessoas com o vírus que estiveram presente na votação em Brasília, essa lei deve ajudar principalmente na área trabalhista, mas não irá acabar totalmente com a discriminação sofrida no dia a dia pelos portadores.

Fontes: Agenciaaids, Redevihsidanoticias e Clam


Entrevista: Fernando Gomes, manipulador de bonecos e diretor do departamento infanto-juvenil da TV Cultura

Por Maris Landim e Raphael Rufino

Artista plástico formado pela FAAP, Fernando Gomes estreou em 1986 no programa Bambalalão da TV Cultura e desde então faz parte do núcleo infanto-juvenil da emissora. Criou e confeccionou bonecos para diversos programas premiados de televisão, como o próprio Bambalalão, X - Tudo, Cocoricó, Agente G e Qual é, Bicho? Desenvolveu bonecos para campanhas publicitárias como Brad Pig da Seara, os Bichos da Ford entre outros. Em 1997 passou a dirigir programas de TV como Agente G, Ilha Rá-Tim-Bum e Qual é, Bicho? Desde 2003 dirige a atual temporada do Cocoricó. Além de manipular o boneco Júlio em Cocoricó, fez parte da nova versão brasileira do programa Vila Sésamo produzida pela TV Cultura, quando deu vida a Garibaldo. Nesta entrevista, ele conta como iniciou sua carreira, quais seus projetos e as dificuldades sobre a atual programação destinada ao público infantil.

"Eu trabalho fazendo o que gosto, e o que faço é brincar de boneco. Eu ganho a vida brincando"
Foto: Maris Landim


Agência Hipertexto: Como a manipulação de bonecos começou a fazer parte da sua vida?

Gomes: Eu me encantei com um programa infantil chamado Bambalalão apresentado na TV Cultura. O programa não era para o meu público e, no entanto, eu me apaixonei porque dentro desse programa havia teatros de bonecos. Gostei e passei a gravar só o trechinho dos bonecos no programa. Aqueles bonecos tinham um tipo de interpretação muito parecido com um programa americano chamado Muppets. Eu sempre tive habilidade manual, sempre trabalhei bem com artes plásticas. Trabalhava como ator amador, então resolvi fazer o primeiro boneco. Levei cinco meses para fazê-lo. Fui ao teatro assistir a um espetáculo infantil e na platéia eu escutava atrás de mim uma voz familiar e ai me caiu à ficha: era Memélia de Carvalho, uma das manipuladoras de bonecos do Bambalalão.  Eu disse: “Memélia, puxa, eu adoro o Bambalalão. Adoro os bonecos”. Contei do boneco que tinha feito e ela falou: “Quero ver o boneco”. Marcamos um dia e eu o levei para ela ver. Ela adorou e pediu para o colocar no ar. Ele entrou no programa no dia seguinte e no mesmo dia algumas pessoas do elenco me procuraram. “Você faz bonecos? Eu quero que você faça um boneco para mim”. Eles eram meus ídolos e eu não era um profissional. Eu não sabia fazer e nessa brincadeira, eu comecei a tentar fazer para um, para outro e em pouquíssimo tempo, a diretora do programa me procurou dizendo que uma atriz do elenco iria tirar uma licença de uma semana e tinha me indicado para substitui–lá. Fui fazer o programa, comecei a manipular um boneco meu ao vivo e pronto! Foi assim que eu cai na história e estou até hoje, vinte e cinco anos de TV Cultura fazendo programação infantil, principalmente trabalho com bonecos.

Agência Hipertexto: De onde você tira referências para a criação de bonecos?

Gomes: Minhas primeiras grandes referências, sem dúvida alguma, são os bonecos criados pelo Jim Henson dos Muppets e o Chiquinho Brandão, que manipulava os bonecos do Bambalalão. Outras grandes referências são as do dia-a-dia. Estou sempre atento a coisas que eu vejo, achando que um dia podem virar um personagem.

Agência Hipertexto: Algum personagem já teve características suas ou a personalidade? 

Gomes: O primeiro boneco que eu fiz no Bambalalão, era negro. O nome dele, Beleléu era em homenagem a uma música do Itamar Assunção. Eu sou carioca, nasci no Rio, sou flamenguista e o Beleléu era carioca, flamenguista doente. Ele ia com bandeira, comemorava. Quero dizer, o personagem tem sempre um pouquinho da gente e você mesmo se permite isso, mais ou menos, e como lá era um programa ao vivo, eu me permiti muito.

Agência Hipertexto: Existe alguma característica ou semelhança entre os bonecos da época do Bambalalão e os de hoje? 

Gomes: Existem diferenças e semelhanças. Eu acho que as maiores estão na técnica. Se estou criando um programa ou tenho voz ativa dentro dele, prefiro um boneco que você deixa ele alegre ou triste com ponta de dedo, que você pisque o olho dele, do que com rádio controle feito externamente. Muitas vezes sou chamado para fazer trabalhos para publicidade e dizem: “quero o que tem de mais moderno”. É tão caro e, às vezes, tão questionável o quanto expressivo ele é. Prefiro um boneco muito bem manipulado por um bom manipulador expressivo que um boneco com altos efeitos tecnológicos.

Agência Hipertexto: Você tem algum personagem preferido?

Gomes:  É engraçado isso, tem aquela história de qual dos seus filhos você gosta mais? E todo mundo fica em cima do muro. Tenho alguns que gosto muito. Claro que o Júlio, óbvio que se eu não tivesse esse envolvimento tão grande com o Júlio, provavelmente ele não existiria mais, porque talvez eu não conseguisse passar tanta verdade no boneco. O Júlio, sem dúvida. Eu adorava fazer também o X do X tudo e o Mestre Iodo, um personagem no Agente G.

Agência Hipertexto: A presença de bonecos em nossa televisão é grande, alguns dirigidos ao público adulto. Como explicar esse fascínio que eles causam em pessoas de todas as idades? 

Gomes: Tenho uma teoria. Eu acho que para o adulto é um retornar a infância. Já a criança gosta de boneco de modo geral, o boneco é muito próximo da realidade dela. Uma criança, em situação normal, é bem possível que ela pegue um apontador e faça um cachorro. A cabeça viaja e libera tudo. Um adulto pode ficar muito constrangido de conversar com um boneco de espuma ou pode falar “gente tem tanta vida”. A pessoa se entrega, ri e brinca, é um retorno a sua infância quando você se permitia fazer isso. Existe sim esse fascínio, eu acho que o boneco ainda é mal explorado para o público adulto. Aposto que dá certo, tenho certeza que tem mercado para isso.

Agência Hipertexto: O improviso está presente na hora de contar histórias? 

Gomes: Por mais que tenhamos um texto a seguir, muitas vezes, dentro do estúdio, acontece algo que é legal, e a gente encaixa no programa. Outra coisa que eu gosto é que fazer o som ao vivo nos permite um tempo de piada ou de ação que na gravação não teria. O Bambalalão tinha alguns quadros que duravam em média quatro minutos cada. Nenhum tinha texto, então tinha coisa muito ruim e coisa muito boa. Exatamente por causa do improviso.

Agência Hipertexto: Seus bonecos divertem assim como ensinam. Para você até onde vai o seu papel na formação da criançada? 

Gomes: O meu objetivo no Cocoricó é meu objetivo na TV Cultura. Hoje eu sou responsável pelo departamento infanto-juvenil e tenho essa filosofia para todos os programas. Aprendi aqui e só estou dando continuidade, não cabe à televisão educar, ensinar e dar aula. Também acho que não cabe à gente deseducar e fazer todo o processo contrário. Televisão é entretenimento. Para mim, televisão é diversão, seja a pessoa adulta, seja criança, tem que sentar na frente da televisão para passar o seu tempo.  Agora por que não a diversão com conteúdo? Por que não assistir um programa no qual ali atrás, estamos tentando passar coisas legais? Eu brigo muito para que a gente não fique ditando regras: “isso é feio, isso não se faz”. Buscamos não ter isso no pro-grama. A informação, o conteúdo, está solto dentro da história. Eu aposto no entretenimento com conteúdo.


"A audiência não é necessariamente coisa boa"
Foto: Maris Ladi
Agência Hipertexto: A partir de 1997, você passou a atuar como diretor de programas infantis, essa experiência te deu mais liberdade para trabalhar como manipulador?

Gomes: Trabalhando como manipulador eu tinha sonhos e ideais, acreditava que era possível fazer algumas coisas com bonecos que não conseguia realizar porque obedecia ao que o diretor pedia para fazer. Quando passei a dirigir o programa, comecei a lutar pelo que eu acredito e o Cocoricó é o melhor exemplo disso. E sim, me deu muito mais liberdade, eu realizo sonhos. Um exemplo bem simples, num clipe no qual o manipu¬lador de bonecos, o boneco e o cine¬grafista tão submersos dentro d’água gravando um quadro onde o boneco está soltando bolinhas pela boca. Nós realizamos. Então eu tenho espaço para ousar e tentar realizar sonhos, só pude fazer tudo isso dirigindo.

Agência Hipertexto: A influência que a mídia exerce sobre as crianças é muito grande. E existe também a questão dos desenhos que hoje são muito violentos. Qual sua opinião sobre isso? 

Gomes: Eu lamento que a escolha do que você vai oferecer para as crianças seja uma escolha primeiro comercial e, em segundo lugar, baseada em audiência. Audiência não é necessariamente coisa boa. Nós aqui ficamos no lado poético, tentando fazer coisas que acreditamos que sejam boas para crianças e para a infância, mas a concorrência é muito desleal, é bem mais fácil dar certo um desenho violento em relação à audiência que outro com conteúdo pedagógico. Lutamos contra, nadamos contra a maré.

Agência Hipertexto: Qual o ingrediente para o sucesso dos programas infantis da TV Cultura? 

Gomes: O sucesso da Cultura poderia ser maior. Sempre buscamos fazer coisas boas, mas nós competimos com os desenhos violentos. É difícil o público entender que fazemos o mais legal e trazê-los para cá. A credibilidade que a Cultura atingiu com programação infantil no decorrer de muitos anos é o nosso grande ponto a favor. É muito comum ouvir um pai dizer que tem total segurança para colocar seu filho assistindo TV Cultura quando está saindo. Isso é credibilidade, temos que manter o padrão e alimentar essa credibilidade, para que haja mais visibilidade.

Agência Hipertexto: Como transformar as crianças em bons adultos? 

Gomes: Fornecendo um cardápio cultural saudável, vamos aproveitar a formação dessa criança para implantar o máximo de informações importantes para o futuro dela. Essa é a aposta da TV Cultura.

Agência Hipertexto: Como é ser uma pessoa tão importante para os programas infantis, mas ser praticamente desconhecido para o público, já que seu trabalho é feito com bonecos? 

Gomes: O fato de não ser conhecido para mim é muito legal, é uma brincadeira de “super-homem, Clark Kent”. Fui gravar no Museu do Ipiranga, cheguei lá e tinha uma visita técnica de escola, eu andei no meio das crianças e ninguém me conhecia. Isso seria impossível se eu fosse a Xuxa. É uma ou outra pessoa que descobre. Eu lido muito bem com isso, gosto da idéia de não ser uma pessoa pública, acho isso muito bom.

Agência Hipertexto: Qual o futuro da programação infantil brasileira? 

"As produções vêm diminuindo"
Foto: Maris Landim
Gomes: Preocupante. As produções destinadas ao público infantil vêm diminuindo cada vez mais e praticamente já acabaram. Ou isso muda de alguma maneira radical ou então o futuro é não tê-las. As TVs são concessões do governo, elas só existem porque ele permite. Eu acho que o governo deveria obrigar todas as emissoras a produzirem pro¬gramação infantil das oito às onze da manhã, produção local, inclusive para gerar mais empregos.

Agência Hipertexto: Como foi trabalhar em programas de extremo sucesso como X Tudo, Castelo Ra-Tim-Bum e Trapalhões? 

Gomes: Um presente. Eu trabalho fazendo o que gosto e o que eu faço é brincar de boneco. Eu ganho a vida brincando. Conhecer o Muçum em vida para mim foi muito emocionante. Há pouco tempo quando fiz Vila Sésamo, fui para Nova York e tive a honra de viver um sonho, conheci alguns dos meus ídolos manipuladores do Muppets. Nunca achei que fosse possível e me vi no estúdio junto com eles, sendo tratado igualmente. Só tenho a agradecer e continuar com isso.

Agência Hipertexto: Como foi conquistar a vaga para fazer o Garibaldo, na nova versão do Vila Sésamo? 

Gomes: Foi dificílimo. Existia a intenção de renovarem profissionais, eu quis fazer, e passei no teste. Foi uma vitória pessoal e muito prazerosa. Tudo que tenho, devo ao Vila Sésamo. Tive a honra de dar vida a algo que o Laerte Morrone fez aqui no Brasil de uma maneira genial. Eu jamais chegaria à genialidade dele, mas tento segurar o personagem com o mesmo respeito e dar continuidade.

 
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