29 de nov. de 2011

O inferno com hora marcada

O Metrô tem serviço precário e é extremamente lotado em horários de pico, causando desconforto e acidentes

Por Bianca Castilho e Vasco Guimarães

Linha vermelha do Metrô de São Paulo
Foto: Divulgação
O Metrô de São Paulo é o melhor Metrô das Américas, de acordo com a The Metros, principal premiação do setor metroviário no mundo.

O júri escolheu o Metrô de São Paulo pelos seguintes critérios: cobertura da rede, integração com outros sistemas de transportes, frequência, eficiência e segurança dos serviços, níveis de serviço ao cliente, avaliação do serviço e do preço pelo cliente, acessibilidade, segurança pública e operacional, altos níveis de confiabilidade e padrão de desempenho, inovação tecnológica, considerações e contribuições ambientais.

Utilizando o Metrô no dia a dia, não se nota esta excelência. Nota-se que o sistema de transportes hiperlotado, com atrasos e falhas no serviço, criando um ambiente, nas horas de pico, onde inúmeros usuários passam mal ou se acidentam.

Quando Felipe Fabrette, 21 anos,animador, chegou a São Paulo pela primeira vez, foi utilizar o Metrô e viveu uma cena de filmes de terror. “Eu estava no Metrô da Sé, que, para variar, estava absurdamente lotado. Aí, naquele empurra-empurra, uma senhora caiu no vão do metrô.As pessoas tentaram puxá-la, mas o metrô já estava vindo e não dava para frear,  levando  embora a parte de baixo do corpo dela. Deu um último grito e morreu. Foi horrivel!”

Mirtes Rodrigues, 65 anos, evita usaro meio de transporte quando pode. Ela tem pressão baixa e, devido à aglomeração e a quantidade de pessoas nos vagões, sempre tem princípios de desmaio no Metrô.
Confusão para entrar no metrô
Foto: Divulgação
A psicóloga Rosane Ortega, usa uma espécie de terapia de exposição em pacientes com fobia de contato ou limitações sociais, levando para um “passeio”no Metrô, o que os obrigaria a enfrentar estas limitações, e assim superá-las.

“O ser humano ocupa um espaço que é só seu, sua zona de conforto, e para que esse espaço possa ser partilhado é necessário que seja permitido, e isso só ocorre quando conhecemos a outra pessoa e consentimos com esta aproximação.”. explica a psicóloga.


Segundo Rosana, quando estamos em um meio de transporte normalmente ocorre uma “invasão” desse espaço pessoal e isso nos incomoda, pois nos centros urbanos o crescimento populacional gera este desconforto e causa sintomas como mal estar, suores, aflições, tonturas, boca seca e deve-se respirar fundo para continuar o dia a dia.

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