2 de fev. de 2011

Política




16/08/2011
Política nos condomínios da zona leste tem várias formas de gestão

A diferença entre ter um síndico terceirizado e um síndico morador, prós e contras

Por Elizabeth Costa e Fernanda Ricardo


Vista dos prédios na região da Vila Formosa.
Foto: Elizabeth Costa
Condomínios em que moradores não têm tempo ou vontade de assumir a função de administrar as tarefas do dia a dia começam a recorrer à ajuda de síndicos profissionais. Eles recebem salário para gerenciar edifícios, o que atrai pessoas a se candidatarem ao posto, já que muitos estão desempregados ou são aposentados e querem complementar sua renda.

O economista Leandro Finotti diz apostar na especialização para ser síndico de cinco prédios. “Faço cursos de administração de condomínios, de segurança e técnicos”. Ele comenta que viu nisso uma oportunidade de trabalho.

É função do síndico a gestão condominial em relação à manutenção preventiva, procedimentos regulares e programados, além de contas comuns. “Saber ouvir as reclamações dos condôminos, ser político e bom comunicador são qualidades essenciais”, afirma Roberto Garrido, síndico-morador de um condomínio no Anália Franco.

Parte interna do prédio na região da Vila Formosa.
Foto: Elizabeth Costa
De acordo com Vanderlei Aragão Rocha, Diretor da escola de síndicos Tic's, atuam no mercado 152 profissionais, entre eles autônomos que trabalham para microempresas e também síndicos-moradores. “Poucos moradores querem ser síndicos nos condomínios onde moram, mesmo com os direitos que eles adquirem. Em alguns condomínios, o síndico não paga a taxa mensal”, explica Rocha.

Existem, contudo, ressalvas para a terceirização. "A princípio, um condômino tem mais interesse em zelar pelo patrimônio que alguém de fora", define a advogada imobiliária, Wanessa Sanches. Porém, ter um síndico-morador nem sempre pode ser o melhor, como relata Raquel Carneiro, moradora de um condomínio na zona leste. “Quando o síndico é morador, pode ser amigo de um vizinho e relutar em mover uma ação contra ele. É complicado porque se formam ‘panelinhas’”.

Segundo Marcílio Viera de Lima, presidente e fundador da Assindic (Associação dos Síndicos Conselho de Prédios e Moradores COHAB I), localizada no Artur Alvim, em média 90% dos síndicos são moradores, contra apenas 10% de síndicos terceirizados. A associação surgiu com o objetivo de orientar os moradores da COHAB I com relação a temas como leis de condomínios e administração condominial. Ela também oferece suporte e apoio com cursos e palestras para síndicos e moradores de prédios, defendendo o sistema de auto-gestão.

“O sistema de auto-gestão incentiva uma política independente não presa a administradora”, afirma Lima.
Foto: Fernanda Ricardo
Em condomínios comerciais o síndico também é escolhido por votos e tem que seguir as normas estabelecidas”. Os síndicos são donos de salas do edifício e, por esse motivo é muito complicado encontrá-los no condomínio”, afirma Lourdes Aparecida, dona de uma sala comercial da região.
Os síndicos profissionais não possuem sindicato próprio, por isso estão sujeitos às normas previstas nas convenções coletivas de trabalho firmadas pelos sindicatos específicos de zeladores, porteiros, manobristas, ascensoristas, dentre outros.

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