Pedestres disputam espaço nas ruas e praças de São Paulo com praticantes de skate, BMX e patins
Por Diego Motoda
“Faltam locais mais adequados para praticar esportes radicais”
Foto: Diego Motoda
Cada vez mais difundidos nos meios de comunicação, os esportes radicais invadiram a cidade. Por todas as ruas de São Paulo é possível encontrar jovens e adultos se divertindo com seus skates, bicicletas e patins. Muitos espaços, como pistas e parques, já foram construídos para abrigar os praticantes dessa modalidade, mas são exatamente aqueles que andam em vias públicas que preocupam os pedestres.
Há cinco anos, Demetrius optou por se dedicar ao skate Foto: Diego Motoda |
O estudante Demetrius Navarro, 20 anos, anda de skate há cinco e diz que as pessoas ainda têm preconceito com os skatistas. "Embora a sociedade entenda que skate é um esporte, ainda o vê com certo preconceito. Ainda mais por ser conhecido como 'coisa de maloqueiro', o que, na verdade, não é". Navarro também afirma que há falta de espaços para a prática de esportes radicais pela cidade. "Acho que deveria ter mais pistas nos bairros. Mesmo com tantos eventos acontecendo, ainda faltam locais apropriados para a prática do esporte", diz.
Já para Anderson Grelisoni, 36 anos, skatista profissional e treinador, existem muitos espaços para a prática de esportes radicais na cidade, mas os atletas preferem lugares públicos, pelo desafio que esses oferecem. "Eles gostam de lugares 'proibidos', como escadas de prédios, pisos de mármore e corrimãos, locais onde o risco de se machucar e machucar os outros é grande", afirma Grelisoni.
Mesmo colocando em risco a segurança dos pedestres, a aposentada Maria Cícera da Silva Lopes apoia a pratica dos esportes na cidade. “É claro que a gente fica com medo e que deveria haver mais espaços apropriados para isso, mas é melhor saber que os jovens estão praticando um esporte ao invés de estarem no mundo do crime”.
A preferência de skatistas para pratica é a rua Foto: Diego Motoda |
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