23/12/11
Andrea Jocys
Diferentemente da grande maioria das pessoas que fazem Jornalismo, não entrei no curso pensando nisso, nunca tinha me enxergado como jornalista. Quando entrei na Universidade Cruzeiro do Sul, em 2005, meu intuito era me especializar em Relações Públicas, já que na época trabalhava para o Ibope Solutions e queria me manter na área. Mas foi durante o curso de Comunicação Social que fui descobrindo aos poucos o Jornalismo.
Não pensava em trabalhar em redação, mas descobri que podia ser um braço dos veículos da grande mídia atuando em Assessoria de Imprensa, e foi aí que decidi o que queria fazer da minha vida. No terceiro ano, o primeiro na habilitação, fui fazer estágio na Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo, na área de assessoria. Depois de formada, fiquei um ano em uma agência de comunicação focada em cultura e foi lá que aprendi muita coisa. Trabalhei com assessoria de livros, filmes, canais de televisão, festivais e conheci muita gente bacana.
Hoje trabalho na editora LeYa Brasil, uma das cinco maiores do país, lidando com uma das coisas que mais adoro na vida: livros. Foi durante o período de faculdade que perdi o preconceito que tinha com a assessoria. Grande parte dos estudantes de Jornalismo enxerga o assessor como um jornalista de segundo escalão, mas na prática não é bem assim.
O papel do assessor é o mesmo de um editor. Você tem nas mãos a informação que o repórter precisa. Na área de cultura essa parceria é fundamental, já que é o assessor que detém toda a informação que os cadernos precisam: eventos, personalidades, lançamentos etc.
Hoje eu trabalho com os principais veículos do Brasil, e é um orgulho pegar uma matéria que eu ajudei a ser feita na capa de um caderno cultural ou de uma revista de grande circulação. Fazer parte do universo da informação é uma sensação indescritível, e ver que aqueles livros que eu entreguei para um editor ou repórter e apostei todas as fichas como sendo algo necessário para o leitor, está lá. O assessor é um pauteiro externo, fundamental para qualquer redação.
06/11/11
Fernanda Blanes
Quando terminei o ensino médio, escolhi o curso de Comunicação Social e, como especialização, Publicidade e Propaganda. Sempre gostei de comunicação e confesso que não me achava muito boa escrevendo. Quando terminei o curso, senti necessidade de fazer outra faculdade, pois, apesar de estar na área que eu amava, não me sentia realizada com a profissão que tinha escolhido. Optei por Jornalismo meio que no susto, não me achava boa escritora, mas me agradava a ideia de conhecer coisas novas e saber sobre tudo um pouco. Sempre fui muito curiosa e acho que isso é essencial para um jornalista. Cursei os dois anos finais da faculdade, pois já havia cursado o ciclo básico. Aprendi a amar a escrita durante as aulas de redação e rádio que, aliás, eram as minhas favoritas.
No quinto semestre, consegui um estágio como secretária de redação em uma editora. Aprendi muita coisa por lá, foi um aprendizado incrível. No segundo mês de estágio, o editor de uma das revistas da empresa me pediu que fizesse um texto e, se aprovado, entraria na próxima edição da revista. Não conseguia me conter de tanta felicidade ao ver meu nome estampado naquela página. Depois de algum tempo, eu já escrevia três editorias da revista.
Saí da editora quando me formei e fui trabalhar em uma agência de comunicação como assessora de imprensa. Atendi diversos clientes e aprendi muita coisa. Hoje ainda trabalho no mesmo grupo, porém, em outra empresa, atendendo outros clientes. Nada do que se passou na minha vida teria acontecido se não fosse a universidade. Aprendi muitas coisas, conheci muita gente e acredito que sem essa base eu não teria o mesmo sucesso.
09/09/11
Bruno Souto
Sempre quis fazer Jornalismo, pois sou um eterno apaixonado pela escrita. Sou deficiente físico devido ao nascimento prematuro e me locomovo por meio de muletas, jamais imaginei alcançar a graduação por esta condição.
Com o passar dos anos, o amadurecimento e a aceitação de minha condição física, decidi lutar pelo meu sonho de alcançar o nível superior em jornalismo e consegui bolsa integral pelo PROUNI. Não foi fácil, durante toda a minha vida escolar, sempre estudei perto de casa. Na faculdade foi diferente, a distância era maior e teria de enfrentar o temido transporte público.
Após seis meses de início do curso, consegui uma vaga de emprego na própria Universidade Cruzeiro do Sul, o meu primeiro registro em carteira. Realizava duas conquistas em um único momento. Estava muito feliz e realizado.
O curso estava cada vez melhor, superando minhas expectativas e, ao mesmo tempo, me ajudando a propor e superar novos desafios. A cada atividade, prática, principalmente, me via encurralado entre segurar muleta, câmera e microfone. Era desesperador!
Após o desafio da cobertura do Prêmio Vladimir Herzog de 2007 junto à imprensa nacional, tive a convicção de que estava na carreira certa. Apesar das dificuldades, consegui cumprir as pautas solicitadas pela Profa. Regina Tavares de Menezes, que tanto insistiu e incentivou que fizesse esta cobertura, percebi que até me dou bem nesse desafio-muleta, câmera e microfone.
Me formei em 2008, com muito orgulho, em Jornalismo pela Universidade Cruzeiro do Sul. Fiz o aclamado juramento na colação de grau e termino ainda este ano o Latu Sensu - Especialização em Língua Portuguesa pela mesma Universidade.
Hoje, trabalho na Comunicação Interna e Eventos da Telefônica – Segmento Empresas, com a gestão de conteúdos e posso garantir que o Jornalismo é a profissão certa que escolhi para a minha vida. Quando procuramos em nossa profissão o amor, a paixão por aquilo que fazemos acima até mesmo do dinheiro que possamos ter de retorno, encontramos o sucesso!
29/03/11
Rubens Lisboa
Iniciei o curso de Jornalismo na Universidade Cruzeiro do Sul em 2005 e, logo no quarto semestre, tive a chance de participar do processo seletivo do jornal esportivo Lance!, que no ano seguinte me contratou como estagiário. Foi desta forma que consegui entrar bem na área, já que o trabalho de estagiário era igual ao de um repórter efetivo da empresa e eu tinha de sugerir pautas, entrevistar personalidades e cobrir eventos importantes.
Ao mesmo tempo, a frequência no curso era prejudicada devido ao horário de trabalho da redação (nem sempre as leis são cumpridas pelas empresas no jornalismo). O aprendizado em termos de ação no jornalismo na empresa era maior do que na universidade, onde você ainda não sabe bem o que vai encontrar no mercado e aprimora o lado técnico da profissão.
Saí da Cruzeiro do Sul em 2007 e fui para outra instituição de ensino, na época em que pude cobrir alguns dos maiores eventos esportivos realizados no Brasil e participei pela primeira vez de uma cobertura olímpica na redação. Após alguns problemas novamente em relação aos horários de trabalho e estudo, voltei para a Cruzeiro do Sul e deixei o Lance! em meados de 2009.
Logo fui contratado pelo Universo Online (UOL), do Grupo Folha de S. Paulo, onde aprendi a lidar com a pressão por tempo e precisão na internet e isso ajudou a elaborar o meu Trabalho de Curso (TC), o livro "Tênis F.C. – O tênis no país do futebol", em que aproveitei o contato com o esporte para o trabalho acadêmico no qual o principal era mostrar como uma modalidade tenta se desenvolver em um país onde é considerada cara enquanto o futebol é supervalorizado e recebe a maior parte dos investimentos públicos.
Atualmente ainda faço parte da equipe de esportes do UOL e acrescentei ao currículo a cobertura na redação da Copa do Mundo de 2010 e o acompanhamento in loco de eventos internacionais de tênis, modalidade pela qual sou o responsável na empresa.
O lado bom de trabalhar com esportes é o fato de poder explorar arte, moda, política economia e cotidiano em apenas uma editoria. A parte ruim ainda é o preconceito com o esporte, o ufanismo e a visão equivocada sobre o esporte no jornalismo que existe ainda por parte de muitos profissionais, além de outros que não conseguem separar razão e emoção.
15/03/11
Amanda Gelumbauskas
Eu me formei em Jornalismo em 2009 na Universidade Cruzeiro do Sul, mas tenho contato com a profissão desde os 14 anos. Eu brincava de ser jornalista e, quando eu tinha 9 anos, ganhei minha primeira máquina fotográfica.
Quando eu tinha 14 anos, estava na rua fotografando e um jornalista começou a conversar comigo. O nome dele é Romeu Venâncio e ele fazia um jornal de pequeno porte no Ipiranga. O jornalista me chamou para trabalhar com ele e, aos poucos, eu fui conhecendo sua história. Ele era negro, muito magro e veterano da ditadura, por isso ele contava umas histórias meio malucas. Com ele fui conhecendo minhas fontes.
Já na faculdade, o professor Adriano sempre gostou muito do meu trabalho, então ele me indicou para trabalhar na De Brito Propaganda, no departamento de web jornalismo. Lá fiz diversos projetos, alimentando sites e atendendo clientes. Foi lá que conheci o Marcelo Braga, meu segundo padrinho na profissão. Com ele eu comecei a fazer o jornalismo esportivo, corridas, Fórmula 1, que são minhas paixões desde pequena. Até hoje eu trabalho com o Marcelo.
Atualmente, estou na área de esporte, trabalho na Revista Imprensa. Voltei para a Revista Imprensa neste ano. Em 2008 entrei na Comunicabrasil, que considero ter sido meu trabalho mais marcante. Eu atendia 4 multinacionais, era uma loucura.
Quanto à faculdade, acredito que hoje a grade de aulas está muito melhor, mas é papel do aluno se envolver com a matéria. Já a estrutura da faculdade é nota 10, eu vejo na Universidade Cruzeiro do Sul uma evolução, tanto em estrutura, quanto em formação do corpo docente.
Lembro que a professora Flávia Serralvo sempre falava que eu tenho jeito de professora. Sempre fui bem nos seminários e agora estou buscando me encontrar na pós-graduação. Vou seguir a área de linguagem. Apesar de gostar de esporte e possuir um blog sobre moda, meu negócio é o texto. Já cheguei a dormir e sonhar com o texto. Até durmo com um caderninho do lado e, às vezes, acordo de madrugada, escrevo e só depois volto a dormir.
Hoje em dia eu tenho uma qualidade de vida que eu não tinha quando era estudante. Tenho liberdade financeira, possuo meu próprio apartamento e vou me casar. Toda essa experiência de hoje, eu só tenho porque muitas vezes eu tomava a iniciativa de fazer os trabalhos sem receber nada. Houve muitos trabalhos que eu fiz e, depois de algum tempo, me renderam muita coisa boa. Tem que meter as caras, né?
4 comentários:
sabe fico feliz com seu sucesso as vezes fico lembrando as peripecias que faziamos para conseguir credenciamento as alregrias que voce demostrava nas coletivas lembra quando um sargento da pm pensou que eu estava te assaltando no metro hahahahahaha mas amanda muita luz e harmonia no teu caminho profissional voce merece porque tem sangua de pauta nas veias pena que uma geraçao nao viveu os anos 60 70 80 anos de chumbo p nos jorlalistas como eu vivi mas romeu venancio um jorlista muito magro
O COMENTARIA QUE FIZ AI EM CIMA E SOBRE ESTA MENINA QUE TEM SANGUE DE PAUTA NAS VEIAS AMANDA GELUMBAUSKAS IRMA DO HARTUR GENTE MAS SER-HUMANO MESMO FICO FELIZ POR VOCE ESTAR CONSEGUINDO MOSTRA AUQE VEIO NA PROFISAO NAO TO PUXANDO O SACO NAO MAS TO ESCREVENDO SOBRE AMANDA GELUMBAUSKAS QUE CONHEÇO COMO PESSOAS E COMO PROFISSIONAL DE JORNALISMO UM ABRAÇO COM CARINHO P VOCE P-ENA QUE A GERAÇAO DE VOCES NAO CONHECERAN OQUE ERA SER JORNALISTA NOS ANOS 70 80 MAS TUDO BEM
ROMEU VENANCIO UM JORLISTA MUITO MAGRO
Obrigada Romeu, volte sempre!
Que pena que não é isso que acontece com a maioria.
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