O objetivo do governo é atingir 80% do público-alvo até maio e, onde a meta não for atingida, o prazo pode ser estendido
Data de encerramento de campanha sofre alterações |
Por Ingrid Taveira, Larissa Leonardi e Tatianne Francisquetti
Iniciada em 25 de abril e com encerramento previsto para 13 de maio, a campanha de vacinação contra a gripe terá duração maior em alguns Estados. Os focos da campanha são idosos, indígenas, crianças de seis meses a dois anos, gestantes e profissionais da saúde, e o Ministério da Saúde calcula que cerca de 60% do público-alvo já foi imunizado. A vacina visa a combater três vírus presentes no hemisfério sul, entre eles o da influenza A.
Nos Estados em que a meta não foi atingida, a prorrogação variará e será determinada pelo governo local. Em São Paulo , por exemplo, ela se estenderá até 20 de maio. Em outros casos, como o de Roraima e Mato Grosso, ela irá até o dia 27 de maio e, no Ceará, até o dia 13 de junho. A campanha contou com 240 mil profissionais da área de saúde e ocorreu em cerca de 30 mil postos.
Apesar de ser considerada pelo Ministério a segunda campanha com maior número de imunizações no país, Gisleide Bonfim, agente comunitária, afirma ter existido uma resistência por parte do público-alvo. “Muita gente tem medo. Falam que estão escondendo, que tem muita gente que morre tomando essa vacina. Eu tive que correr atrás de mães para dar vacina em bebês menores de dois anos e elas não queriam dar de jeito nenhum”, diz.
Já Marlene da Costa, auxiliar de enfermagem, afirma ter presenciado uma grande procura pela vacina este ano. De acordo com ela, a campanha é essencial para prevenir surtos de gripe. Além disso, ela atesta que o número de casos registrados da doença efetivamente diminui com a vacinação, especialmente em idosos.
As gestantes apresentaram um dos menores índices de imunização, com pouco mais de 39%. Para Gisleide, a crença de que a vacina pode ser nociva atrapalha na divulgação da campanha e impede que esse número seja maior. “Elas ficam com medo”, explica.
Juliana Farias, gestante, ficou sabendo da campanha por meio da televisão e agentes de postos de saúde e decidiu tomar a vacina. “O efeito foi péssimo. Fiquei gripada no dia seguinte. Mas é uma reação que dá. Estou com a imunidade baixa, e acontece. Mas depois melhorei”, ela conta, frisando, no entanto, que acredita que a vacinação serve para evitar gripes mais fortes posteriormente e que todo público-alvo deveria tomar.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina é segura, mas é aconselhável que pessoas com problemas na produção de anticorpos procurem um médico antes da vacinação. Além disso, pessoas com alergia à proteína do ovo não podem ser imunizadas.
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