Estudantes recebem dicas do telejornalista e aprendem mais sobre carreira, produção em TV e a importância da tecnologia para a mídia
Direcionada especialmente ao curso de jornalismo, mas trazendo assuntos que envolvem todos os cursos da área de Comunicação, foi realizada no dia 18 de maio uma palestra com Ricardo Café, âncora do telejornal Mogi News. O evento aconteceu durante o 9º Encontro de Comunicação, no campus Anália Franco da Universidade Cruzeiro do Sul.
Café, que trabalha atualmente com o telejornalismo regional, falou a respeito da segmentação, de suas características e das principais vantagens de escolhê-la. De acordo com ele, o jornalismo regional possibilita uma atuação mais direcionada e permite que o profissional faça diferença na vida do público. “E ser jornalista é ajudar as pessoas”, complementa.
O tema escolhido para o EnCom deste ano, “Comunicação integrada e novas tecnologias”, também foi abordado. O palestrante salientou os pontos positivos do desenvolvimento da tecnologia, como a interatividade e o imediatismo, mas ressaltou que eles também trazem uma carga maior de responsabilidades e cuidados.
A interatividade facilita o contato com entrevistados, público e com o veículo de comunicação, e as transmissões são feitas mais rapidamente, com mais eficácia e com um alcance maior. Isso gera o imediatismo, e uma grande necessidade de se produzir informações de forma mais rápida e mais exata. Para Café, esse é o principal problema gerado por esse avanço tecnológico: muitas vezes, a necessidade de rapidez ocasiona um descuido quanto à confirmação de informações e gera erros.
Para evitar isso, ele aconselha que os profissionais chequem sempre informações e tenham ética na hora de transmiti-las. “O único medo que podemos ter é a superficialidade com que uma pessoa que está acostumada com essa velocidade da informação possa tratar uma notícia. Tem que ser veloz? Tem. Mas tem que ser preciso”, ele salienta.
A palestra foi encerrada com uma pequena coletiva, feita pelos alunos que a prestigiaram. As perguntas, que envolviam produção jornalística e carreira, abriram espaço para que Café desse, até mesmo, conselhos para ingressar no mercado de trabalho. De acordo com ele, o melhor método é ir pessoalmente ao veículo de comunicação e procurar o responsável pela contratação. “O jornalista tem que ter jogo de cintura. Para o repórter conseguir informações na rua, se não tiver cara de pau, se não tiver a manha, não vai conseguir nada. Então, o primeiro lugar que você tem que dar a cara é a empresa em que você quer trabalhar”, explica.
Para Bruno Dionísio da Silva, estudante de Jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul, a palestra foi muito significativa. “Para mim, essa mensagem que ele deixou, de nos dedicarmos, mostra que nós somos capazes de conseguir, de ser um jornalista, de não desistir”, resume. De acordo com ele, a palestra abordou temas muito relevantes, como a queda do diploma e o posicionamento profissional de cada emissora.
Regina Tavares, professora do curso de Jornalismo, acredita que palestras como a realizada com Café são importantes, pois aproximam o universo profissional do acadêmico. “Trocar informações com uma pessoa experiente na área de TV pode quebrar paradigmas em relação a essa área de atuação. Pontos que foram levantados desmistificam essa coisa do distanciamento que o aluno sente quando se forma”, defende. Além disso, ela ressalta que a linguagem utilizada foi descontraída, o que auxilia ainda mais na aproximação com os estudantes.
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