8 de set. de 2011

Esporte é utilizado como ferramenta de inclusão social de crianças e jovens

Jovens com necessidades especiais encontram como serem aceitos e terem oportunidade de igualdade

Por Vasco Guimarães

Pelo segundo ano, a Secretaria de Educação abre espaço para que os alunos com deficiência física, visual ou intelectual matriculados em escolas municipais possam desenvolver todo seu potencial nos diferentes esportes. A 2ª edição da Paraolimpíada Estudantil tem início em outubro.

As Olimpíadas Estudantis das escolas municipais paulistanas começaram em 2007. Foram criadas regras para que um maior número de alunos participe: as escolas não podem se inscrever com apenas uma equipe, ou um jogador; um atleta não pode disputar em mais do que uma modalidade e cada escola que participar com equipes masculinas deve ter, pelo menos, uma equipe feminina inscrita nas modalidades coletivas, o que amplia a participação das meninas.

O esporte, desde a Grécia antiga, é considerado uma atividade que enobrece o homem e molda o caráter, hoje foi adicionada uma outra característica, a da inclusão social. Proporciona a convivência de pessoas de diferentes classes sociais, culturais e necessidades, possibilitando que pessoas com necessidades especiais compitam em esportes que lhe deem um senso de inclusão, ainda mais como certos eventos onde crianças que tenham necessidades especiais compitam com outras crianças.

Stephanie Cristina Pereira, jovem com deficiência auditiva
Foto: Bianca Castilho
A jovem Stephanie Cristina Pereira, 17 anos , portadora de deficiência auditiva, aluna da Escola Municipal de Educação Especial (EMEE) Annie Sullivan e competidora de atletismo, não sofreu discriminação está muito feliz e realizada em competir com outras crianças, sem nenhuma deficiência, em uma modalidade em que pode competir de igual para igual.

Andréa Franciulli, orientadora de inclusão do Centro de Apoio da Inclusão Social (CAIS), vê o esporte como algo que dê às crianças uma oportunidade de se sentirem parte de algo maior que a própria deficiência, e ao competirem com crianças sem deficiência, o estigma da inferioridade deixa de existir.


César Felipe Mazzarela, personal trainner, acredita que o esporte, hoje em dia, tem o dever de ser usado de forma a possibilitar não só a convivência de crianças e adultos com diferentes necessidades, inclusive pessoas deficientes, como uma forma de inclusão e de desestimular o bullying, forçando uma perspectiva igualitária.

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