19 de out. de 2011

Mec estuda aumento de carga horária para melhor performance de estudantes

Para Haddad, o desempenho do aluno brasileiro será maior se tiver a chance de ficar mais horas exposto ao conhecimento


Por Adriana Nascimento


Fernando Haddad em entrevista coletiva no mês de setembro
Foto: Portal do Mec, Fabiana Carvalho


O ministro da educação, Fernando Haddad, declarou no último mês de setembro em entrevista coletiva que o MEC (Ministério da Educação) estuda ampliar a carga horária nas escolas. Com o objetivo de melhorar a qualidade de educação básica, o órgão analisa qual o melhor formato da ampliação: o aumento de dias letivos de 200 para 220 por ano ou ampliação da jornada diária de quatro para cinco horas.

“Concordo com a proposta do ministro; apesar de não estar sabendo o que seria essa carga horária maior, exatamente. Com mais matérias, com ensino complementar, com alimentação? Ou apenas uma ou duas horas a mais, de aulas dadas da mesma maneira?”, pensa Denise Alves, 49 anos, mãe de Pedro e Iago, 10, estudantes no Centro Educacional Raízes em São Sebastião.

"Concordo com a proposta do ministro, mas há ressalvas", Denise Alves e seus filhos
Foto: Arquivo pessoal

Para Denise, além do aumento da carga horária o currículo escolar deve incluir alimentação completa, horário para estudos, aulas de complementação, música, artes e esportes.

Conforme informações divulgadas no Portal do Mec, as condições de infra-estrutura das escolas e outros programas, como a alimentação, por exemplo, serão também analisadas pelos secretários de cada Estado.

Pós-graduada em psicopedagogia e professora de ensino fundamental I das redes Municipal e Estadual de São Paulo, Juliana Eliete, 27, acredita que, como os profissionais na área de educação acumulam o cargo de professor para ter uma renda mais adequada, com esta ação, muitos seriam prejudicados.

Para a professora, a proposta do ministério deve ser ampliada para outras áreas: “Qualidade e quantidade são conceitos diferentes. Além da consciência da necessidade de melhor formação do professor, revisão de currículo e avaliações, a qualidade está diretamente ligada ao contexto em que se insere o ensino. Neste contexto cabe saber qual perfil socioeconômico e cultural, qual o acesso deste educando a informações como  bibliotecas, internet, cinema, teatro e viagens, além do apoio e estímulo da família”, completa.

PNE: Universalização
do ensino no brasil
Foto: Banco imagens

Em maio deste ano, a comissão de educação do Senado Federal aprovou um projeto que aumenta a carga horária da educação infantil ao ensino médio de 800 para 960 horas anuais.

As ações do Ministério e do Senado têm a ver com a meta do PNE (Plano Nacional da Educação) que prevê que 50% das escolas básicas do país ofereçam o ensino em tempo integral entre 2011 a 2020.








3 comentários:

Marina disse...

Seria ótimo também, se aumentassem além da caraga horária, a qualidade do ensino, não adianta abrir tantas vagas e aumentar o tempo dentro da sala de aula, senão compensar toda a defasagem na educação pública brasileira!

Marina Eloisa disse...

Sem falar nas condições dos prof°s, ou melhor na falta de condições que eles tem para trabalhar, o que só decai o rendimento, a prioridade não deve ser só a baixa da taxa de analfabetismo, pois não há desenvolvimento num país cuja população seja semi-analfabeta, mas o domínio do seu respectivo idioma e capacidade de raciocínio e articulação sobre assuntos como a política brasileira e desenvolvimento sócio-econômico, gerando assim, sustentabilidade.

Agência Hipertexto disse...

Obrigado pela participação, Marina!
Continue comentando nossas matérias.
Abraços

Postar um comentário

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | cna certification