11 de out. de 2011

Uso de redes sociais por políticos pode trazer riscos

Dados do IBOPE revelam que 86% dos usuários ativos na internet possuem algum perfil público

Por Larissa Leonardi

Os microblogs e sites de relacionamento são utilizados para divulgar ideias
Foto: Divulgação
No último mês de agosto, um funcionário do Ministério do Planejamento foi demitido por cometer um erro: postar uma piada sobre a presidente Dilma Rousseff no twitter oficial do órgão. Segundo os dados do IBOPE/NetRantings, 86% das pessoas que utilizam a internet possuem algum perfil nas redes sociais. Essa pesquisa incluiu os políticos, que usam microblogs ou sites de relacionamento para divulgar suas campanhas, serviços, projetos, entre outros trabalhos.

A necessidade de manter uma vida ativa na internet, sem atrapalhar os deveres rotineiros de um servidor público, faz com que os candidatos a cargos eleitorais recorram a funcionários que atuam na área de assessoria de imprensa, relações públicas, coaching e outras funções que têm especialização em preservar a face, para cuidar dos seus perfis.

A alternativa de terceirizar a postagem diária nos veículos de comunicação da internet oferece alguns riscos, um deles é que o personagem fica sujeito a erros e descuidos por parte do responsável pelas publicações. Um caso que teve repercussão nacional, e levantou discussões sobre o uso desses recursos por políticos, foi a publicação que uma funcionária terceirizada do Supremo Tribunal Federal fez no twitter oficial.

Para Cecília, um profissional deve ter o máximo de responsabilidade no trabalho executado
Foto: Arquivo Pessoa
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A mensagem dizia: "Ouvi por aí: 'agora que o Ronaldo se aposentou, quando será que o Sarney vai resolver pendurar as ‘chuteiras’?". A Secretaria do STF postou uma nota com um pedido de desculpas ao senador José Sarney, e, mesmo com a afirmação feita em diversos meios de comunicação de que não haveria punição, a funcionária foi demitida.

A demissão foi alvo de críticas por parte da população, que entendeu o caso como brincadeira. Para Cecilia Mantovan, coordenadora de Comunicação do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores de São Paulo, quando o cliente contrata um profissional para gerenciar suas redes sociais, é porque tem confiança nessa pessoa e não seria ético e honesto brincar com seu perfil ou cometer erros. Cecilia, que é responsável pelas publicações no perfil do facebook e do twitter do PT-SP, diz: “O cliente tem todo o direito e deve pautar como quer que o seu perfil seja trabalhado, incluindo regras de ética. É um produto que vai trabalhar sua imagem”.


Os sites de relacionamento oferecem diversas funções e aplicativos, que permitem que o usuário divulgue suas ideias de diversas formas. Na política, o advento da internet é mais um meio para os candidatos apresentarem seus projetos e manter contato com os seus eleitores.

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