Psicopedagoga alerta para os problemas que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade pode trazer e como este transtorno pode ser diagnosticado e tratado
Por: Renata Vieira
Sabemos que é natural as crianças terem muita energia. Mas quando essa energia parece não ter fim e acaba por consequência prejudicando outras atividades exercidas por esta criança, devemos prestar atenção.
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que atinge cerca de 3 a cada 5 crianças, e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.
Um recente estudo desenvolvido pela Universidade de Boston divulgou que, caso não seja tratado, o TDAH pode se tornar um problema crônico levando o portador a adquirir problemas e transtornos psicológicos. Segundo a psicopedagoga Rosyane Leite, “por conta deste problema, a pessoa passa por desleixado, não comprometido, porque esquece compromissos, não cumpre tarefas no prazo, perde emprego, arruma problemas de relacionamento etc.” E o fato de a pessoa não saber que sofre deste distúrbio resulta em problemas como depressão e ansiedade.
Os portadores de TDAH têm alterações na região frontal do cérebro e nas suas conexões com o resto do cérebro, não havendo uma cura física para este problema. “A Psicopedagogia pode auxiliar na reeducação, nova rotina, comunicar pais e escola para que todos possam trabalhar em conjunto com a criança com TDAH”, explica Rosyane.
A psicopedagoga alerta ainda sobre a necessidade de diagnosticar a doença. “É preciso avaliar se a criança apresenta mesmo o TDAH ou se está dispersa com algum outro motivo. Essa avaliação pode ser feita por um psiquiatra, psicopedagogo e neuropsicólogo; quando temos um atendimento multidisciplinar, o diagnóstico fica mais preciso, evitando assim, rótulos desnecessários. Medicação, só em último caso”, conclui.
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