3 de abr. de 2013

Eleição de Marco Feliciano é marcada por protestos


A escolha de Feliciano para a comissão gerou revolta de grupos ligados a direitos dos negros e de homossexuais devido às suas declarações nas redes sociais sobre o tema
Por: Audrey Pujol
Apesar dos protestos, Feliciano diz que não vai renunciar.
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP), pastor, eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara vem sendo contestado por grupos ligados a movimentos sociais. A sua posição na Comissão se notabilizou por afirmações apontadas como racistas e homofóbicas, o que ele nega.

Protestos por todo o país mostram a insatisfação da população pela eleição do deputado. Em São Paulo, carregando cartazes de repúdio ao pastor, milhares de pessoas fizeram uma caminhada da Avenida Consolação para a Praça Roosevelt. 

O advogado Ricardo de Oliveira afirmou que, por ser homossexual, já enfrenta muitos problemas em seu
Em São Paulo, milhares manifestam seu repudio a Feliciano.
ambiente de trabalho. Segundo ele, “Deixar o direito das minorias na mão de pessoas preconceituosas é revoltante. Queremos ser tratados como cidadãos de direito pelo Governo e, com ele na presidência, fica evidentemente impossível”.

Petições pela internet pedindo a destituição do deputado alcançaram números expressivos. Até mesmo a Rede Fale, que representa 39 igrejas evangélicas em todo o país, abriu uma petição online contra a eleição de Marco Feliciano. Para a estudante Mariana Silva, o envolvimento da religião com o governo acaba atrapalhando no andamento do país: “Pode prejudicar a gestão do governo pelos ideais preconceituosos do atual presidente da comissão. Essa fusão deveria ser cortada completamente da câmara por vivermos num país considerado laico.”

Já para o vendedor José dos Santos, o pastor apenas defende a imagem da família no governo, “Marco Feliciano me representa. Ele representa a família, os mandamentos de Deus e a boa índole. Ele está sendo muito corajoso em suportar todas essas manifestações de baderneiros.”

Marco Feliciano foi eleito presidente da CDHM em 6 de março. Todas as sessões, depois de assumir a posição, foram tumultuadas com bate-boca e protestos. Em meio à pressão contra o deputado na presidência, diversos boatos surgiram de que ele entregaria o cargo. Entretanto, Marco Feliciano disse que não vai renunciar.

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