22 de out. de 2012

ARTIGO: Subindo!

Por: Diego Motoda

Os bancos parecem não precisar mais do seu trabalho para lucrar. Não com um aumento de suas tarifas máximas, que, de janeiro para cá, já subiram 191%. Claro que neste período, devido à forte pressão do governo, as instituições financeiras foram forçadas a reduzir as taxas de juros. Porém, todos sabemos que isso não muda nada.

As taxas de juros caíram, sim, assumo este ótimo benefício que o governo – com um trabalho árduo, tenho certeza – obrigou os bancos a cederem ao povo. Muito obrigado. Entretanto, como é que esses juros afetam diretamente a economia ou, melhor ainda, o salário de um trabalhador? Agora, as tarifas dessas instituições sobem 191%; como funciona isso? Vou ao banco sacar R$ 200,00 e tenho que deixar R$ 382,00 pelo serviço?

Talvez eu tenha exagerado no exemplo, mas os números são reais. Vou lhe dar um gostinho da coisa: a compra e venda de moeda estrangeira em cartão pré-pago passou de R$ 18,33 para R$ 53,44 e o fornecimento de extrato mensal sofreu um aumento de 49,5%, passando de uma média de R$ 2,48 para R$ 3,71. Uma delícia!

Essas mudanças podem ser sentidas por você na próxima vez em que for a sua agência; é só prestar atenção. Se você pagar uma conta utilizando a função crédito em espécie, do Bradesco, não se assuste se a tarifa estiver quase 90% maior. Aliás, a empresa abaixou a anuidade do cartão, então, está tudo bem.

Nessa confusão de números, eu sei, é difícil não se confundir. O que estava em cima desce; o que não estava tão abaixo assim sobe mais ainda e quem fica sem dinheiro somos nós. Todos nós!

Afirmo novamente: os bancos parecem não precisar mais do seu trabalho para lucrar. Talvez, nunca precisaram. Será que “grevar” agora ainda faz tanto sentido assim?

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