24 de out. de 2013

Black Sabbath se apresenta pela primeira vez com Ozzy no Brasil

Pioneiros do Heavy Metal em formação quase original fizeram show inédito para 70 mil pessoas em São Paulo
Por: Gabriel Bonafé
Presença de Ozzy no vocal do Black Sabbath foi
inédita no palco brasileiro. Foto: Divulgação

Sexta-feira, 11 de outubro. No horário de Brasília, 21:05. Um público de 70 mil pessoas aglomerado no Campo de Marte, zona norte de São Paulo, estava prestes a registrar 45 anos em 2h. É o show do Black Sabbath, banda inglesa de 1968 que se apresenta pela primeira vez no Brasil com sua formação quase original — Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi na guitarra e Geezer Butler no baixo. Só faltou o baterista Bill Ward, que por problemas pessoais foi substituído por Tommy Clufetos da banda solo de Ozzy.

Horas antes, o Megadeth fica responsável por aquecer o público. Com instrumental veloz e pesado, a banda de Dave Mustaine cativa com os  hits "Symphony of Destruction", "Peace Sells" e "Holy Wars". O show de abertura dura 1h e, apesar de empolgante, só leva os fãs árduos do Trash Metal ao delírio. No término, um intervalo para preparo do palco. Neste momento o público sente o cansaço da longa espera na fila, da dificuldade de chegar ao local e da quantidade de álcool e drogas ingeridas. As energias parecem esgotadas até que as luzes se apagam e ouve-se o sádico riso de Ozzy. Energias voltam em dobro. Iommi dá a potência com os riffs de "War Pigs".

O show procede com as clássicas "Into the Void", "Under the Sun" e "Snowblind", que abre alas para a nova "Age of Reason", do álbum "13" lançado neste ano. O público acompanha a banda em tudo: riffs, letras e entusiasmo. Os buracos no Campo de Marte não são problemas para aqueles que se esgueiram em grades e costas de outros fãs. O baixo volume das caixas é preenchido pelo eco da multidão. Três faixas do primeiro álbum dão sequência: “Black Sabbath”, “Behind the Wall of Sleep” e “N.I.B.”, sucedidas por outra nova, “End of the Beginning”.

Depois da arrastada e fascinante “Faries Wears Boots”, um tempo para Ozzy descansar com a instrumental “Rat Salad”. O solo de bateria Clufetos emenda o fim da faixa sem vocal com as palavras de Ozzy: “I am Iron Man”, fazendo o público explodir com o single mais consagrado do Black Sabbath. Após a última nova do show, “God is Dead?”, e da romântica “Dirty Women”, a banda anuncia o encerramento com “Children of the Grave”, prometendo um bis caso o público ‘enlouquecesse’. Não precisava pedir. Iommi apresenta os riffs de “Sabbath Bloody Sabbath”, mas era apenas ‘brincadeira’. Na lenta melodia, Ozzy grita: “go fucking crazy”, e vê as poeiras levantarem junto às rodas punks que se abrem para celebrar “Paranoid”.

O Black Sabbath se despede e manifesta amor ao público. “We love you all. God bless you all”, foram as palavras de Ozzy para a calorosa recepção dos fãs, que guardarão aquelas 2h eternamente em suas cabeças.

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