17 de out. de 2013

Do Undergound ao Emo!

Por: Audrey Pujol

O documentário Do Underground ao Emo! estreou em julho no Canal Bis e atraiu O público que aprecia o “rock de garagem”. Dirigido por Daniel Ferro, nome reconhecido no cenário musical independente no Brasil, trabalhou com bandas dessa mesma cena, como Nx Zero, Fresno, Dead Fish, assim como bandas e cantores mais populares, como Michel Teló, Jota Quest e Chico Buarque.

O documentário, que conta com participações especiais de músicos conhecidos na cena independente, aborda as bandas da cena hardcore brasileira, no período da segunda metade da década de 90 até os dias atuais. Nessa fase, muitas bandas que hoje são referência no cenário nacional surgiram sem muita pretensão, apenas tocando por prazer e pela vontade de construir algo. Assim, foram ganhando espaço e conseguiram atingir o mainstream com suas letras.

Estive presente em muitos shows que aparecem no documentário. Era impressionante o quão forte era a cena underground em São Paulo. A proximidade das bandas, o fato de fazerem aquilo pelo amor à música ao invés de fama e dinheiro eram o que motivavam as bandas a continuarem. Exemplos como Dead Fish, Dance of Days, CPM22 e Garage Fuzz, fazem sucesso até hoje e nasceram nesse movimento que o documentário relata, mas o ponto que quero chegar é o que da nome a esse trabalho: Do Underground ao Emo! O filme fala justamente sobre isso. Por que a cena acabou? Ela realmente acabou? O que aconteceu com aquelas bandas da cena underground? Existiu mesmo o emo em São Paulo? Onde foram parar esses dois movimentos?

Para discorrer sobre o assunto, Daniel Ferro traz músicos de bandas que fizeram e ainda fazem da música o seu ganha-pão, produtores, fotógrafos e donos de casas de shows. Se você, como eu, fez parte dessa geração, vale muito à pena assistir!

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