Temos acompanhado pela imprensa o julgamento dos chamados “mensaleiros”. Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal votaram e a maioria decidiu dar uma nova chance para os réus - já julgados e condenados por diversos crimes –, que poderão entrar com um novo recurso tendo a possibilidade de absolvição. Vivemos uma crise na justiça brasileira, sua lentidão e diversas falhas na legislação impedem que a mesma seja feita. A corrupção toma conta de diversas pessoas públicas, o Brasil é uma pátria deturpada, na qual a desigualdade social dita as regras de quem responde ou não criminalmente. Enquanto muitos têm menos que o suficiente para sobreviver e poucos tem quantias exorbitantes em contas bancárias - muitas vezes secretamente fora do país -, as brechas na justiça só são utilizadas por quem tem um alto poder aquisitivo. Enquanto cidadãos humildes são condenados a anos de prisão por furtar um pote de margarina ou uma galinha, políticos corruptos são absolvidos por roubarem milhões de um dinheiro que deveria ser destinado à melhoria de vida das pessoas que não têm condições de sustentar sua família. Há décadas são feitas as mesmas perguntas: Que país é este onde reina a desigualdade? Que país é este onde algumas pessoas morrem de fome e outras de obesidade? Que país é este onde cidadãos morrem em filas de hospitais por não existir um único médico na cidade? Que país é este onde adolescentes não sabem nem assinar seu próprio nome? Porém, antes de questionarmos todos estes pontos, devemos nos questionar uma única coisa: Que cidadãos somos nós que aceitamos todas as decisões desses políticos que nós mesmos elegemos?
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